Gilson Garrett Jr, Exame. O município de São Paulo faz 468 anos nesta terça-feira, 25 de janeiro. E a maior metrópole do país é uma das 100 melhores cidades para fazer negócios. O ritmo acelerado de vacinação contra a covid-19 fez com que a capital paulista ganhasse o título em três das seis categorias do ranking, lançado no fim do ano passado (comércio, educação e setor imobiliário).
O ranking das melhores cidades para fazer negócios é elaborado anualmente pela consultoria Urban Systems, com exclusividade para EXAME, em seis segmentos econômicos: educação, comércio, serviços, indústria, mercado imobiliário e agropecuária. Para chegar à lista do mercado imobiliário, foram analisados nove indicadores, entre eles, novos domicílios em quatro faixas de renda e saldo de empregos, nas cidades com mais de 100 mil habitantes.
Dos três setores em que São Paulo ficou em primeiro lugar no ranking, o mercado imobiliário nunca parou durante a pandemia de covid-19. Desde o primeiro decreto de restrições, a construção civil foi considerada essencial. Apesar da incerteza inicial, o ritmo de obras foi retomado e cresceu.
De janeiro a junho do ano passado, os lançamentos totalizaram 27.114 unidades, superando o recorde anterior do primeiro semestre de 2019, com o registro de 20.157 unidades lançadas. O impacto positivo medido foi também reflexo da baixa taxa básica de juro, a Selic, que estava na casa dos 2% em 2020. Agora, ela está em 9,25% ano ano.
No começo da pandemia, a cidade foi uma das mais impactadas no setor comercial, com o fechamento de mais de 50.000 postos de trabalho entre janeiro e agosto. No ano passado, o saldo do setor, no mesmo período, já foi positivo, com mais de 7.000 empregos a mais entre desligamentos e contratações.