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A busca pelo sustentável: evolução ou retrocesso?

A substituição de concreto armado por calcário na estrutura, reduziria sua extração ou manteria no mesmo nível empregado na produção do cimento Portland?

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O estúdio de arquitetura de Amin Taha’s com sede em Londres, conhecido atualmente como Groupwork, e o projetista estrutural Webb Yates, em parceria com consultores de sustentabilidade da Eight Associates e consultores de custos da Jackson Coles, se associaram para estudar a viabilidade de se construir um prédio corporativo conceitual de 30 andares, cuja estrutura fosse mais barata e mais sustentável do que as estruturas usualmente utilizadas em concreto armado e aço.

A pesquisa constatou que grandes edifícios comerciais poderiam ser construídos de forma mais barata e com menos impacto ambiental usando pedra, que é versátil, tem resistência, durabilidade, é abundante, relativamente barata e com zero carbono incorporado,  em vez de concreto armado e aço.

O conceito utilizado no projeto foi a combinação de uma estrutura em basalto, por ser muito alto, com pisos de madeira laminada cruzada (CLT) que reduz ainda mais os níveis de carbono incorporado, podendo criar edifícios negativos em carbono, pois sabe-se que a madeira pode ser um material negativo em carbono, pois as árvores capturam CO2 e o armazenam dentro da madeira.

Segundo os consultores de custo da Jackson Coles, o custo de uma estrutura de pedra seria ligeiramente superior ao aço ou concreto armado, mas o custo final seria menor já que a pedra não precisa ser a prova de fogo, resistente às intempéries ou revestida.

O conceito de se empregar pedra estruturalmente em edificações não é totalmente novo para o Groupwork, pois o estúdio já projetou um conjunto habitacional em Clerkenwell, usando calcário na estrutura; e também projetou um prédio residencial de 10 andares em Finchley – Londres, que possui uma estrutura de pedra.

O projeto de pesquisa sobre arranha-céus de pedra faz parte de uma exposição chamada New Stone Age no Building Center em Londres, com curadoria de Steve Webb, co-fundador de Webb Yates, Taha e Alex Cotterill do Groupwork e pedreiro Pierre Bidaud. Ambos os projetos visam mostrar o potencial da pedra como material de construção moderno.

O desafio, agora, é descobrir o quão alto a estrutura de pedra pode atingir. Além, claro de convencer incorporações e construtoras que essa solução é de fato mais barata e mais sustentável.

A iniciativa é fantástica, mas em grande escala e a longo prazo esta solução é a mais barata, a mais durável e a mais sustentável ?

A substituição de concreto armado por calcário na estrutura, reduziria sua extração ou manteria no mesmo nível empregado na produção do cimento Portland?

Segundo o próprio estúdio Groupwork, estruturas mais altas necessitam de rochas mais resistentes e o calcário precisa ser substituído por exemplo, por bassalto. Qual seria o impacto ambiental no aumento da extração de bassalto, por exemplo ?

Os consultores de custo da Jackson Coles, avaliaram o custo do material em comparação ao aço e ao concreto armado, mas avaliaram o custo final da obra, considerando o prazo de execução, a quantidade de mão de obra empregada e manutenções preventivas e corretivas para cada solução estrutural?


Fonte: Dezeen

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