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Alfabetização e inclusão digital no canteiro de obras

Instituto MPD vence em Responsabilidade Social focando na educação e na promoção do voluntariado

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As iniciativas começaram em uma obra da MPD em Santana do Parnaíba (SP) e outras duas em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.

O Estado de S.Paulo. De olho no histórico dos operários da construção civil que, muitas vezes, migram para grandes cidades para trabalhar, sem chance de estudo, o Instituto MPD – lançado no ano passado pela construtora MPD – oferece a essas pessoas a oportunidade de mudarem essa realidade, começando dentro do canteiro de obras. Com projetos como o Construindo Histórias e Inclusão Digital, o Instituto foi contemplado em Responsabilidade Social na categoria Profissional do Master Imobiliário.

As iniciativas começaram em uma obra da MPD em Santana do Parnaíba (SP) e outras duas em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Foram construídas salas nos canteiros de obras de empreendimentos residenciais nas duas cidades, totalmente adaptadas às exigências de distanciamento social e capacidade, por conta da pandemia.

As aulas de alfabetização ou Ensino Fundamental I e II são no final dos turnos, três dias na semana. “Nós já fazíamos diversos trabalhos sociais, por meio de um comitê de Responsabilidade Social, mas era preciso organizar melhor. Criamos uma política de voluntariado, por exemplo, que vem ajudando bastante. Agora, estamos elaborando até um projeto para atender a comunidade externa”, conta a presidente do instituto, Cecília Meyer.

Por meio da parceria com uma empresa especializada na educação de adultos, credenciada do MEC, e 68 voluntários, que auxiliam os alunos – na maioria do sexo masculino, entre 40 e 50 anos – os operários têm a oportunidade de se alfabetizarem, cursarem o Ensino Fundamental I e II, se preparando para o Ensino Médio. Para isso, fazem provas em instituições de ensino regular para obterem o certificado de conclusão e competência. “Temos caso de uma pessoa que entrou como servente e foi promovido a encarregado, depois que passou pela formação. Realmente, o aprendizado coloca a pessoa em outro status”, afirma.

Até o momento, 273 trabalhadores já fizeram o curso de alfabetização, incluindo quem já participou antes mesmo de o Instituto MPD existir. “Cada pessoa é avaliada individualmente. O aluno é assistido e conclui no seu tempo. Pode tentar um teste em uma escola regular depois e, se não passar, pode voltar e reforçar o aprendizado.”

Na capacitação em inclusão digital, tudo é conduzido pelos voluntários do Instituto MPD, que vêm da área de Tecnologia da Informação da construtora. Duas vezes por semana, eles ensinam as funcionalidades do Word, Excel, Power Point, além de outras habilidades digitais que esse público ainda não tem. Em cinco anos, incluindo o tempo do instituto funcionando, 75 pessoas foram formadas. “Depois de aprenderem a ler e escrever, também é importante estarem bem familiarizados com a tecnologia, para aproveitarem mais as oportunidades”, diz.

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