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Boom de cimento: CSN deve levantar R$ 2 bi com IPO de unidade

Empresa contrata BTG, BBI e Citi para operação que pode avaliar negócio em R$ 10 bilhões; vendas do produto disparam com forte demanda na construção civil

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A CSN Cimentos seria a segunda unidade a fazer IPO da CSN, a gigante siderúrgica controlada pela família bilionária Steinbruch. Em fevereiro, os Steinbruchs fizeram a oferta pública inicial da CSN Mineração (CMIN3).

Por EXAME. A CSN (CSNA3) pretende levantar cerca de 2 bilhões de reais na oferta pública inicial (IPO) de ações de sua unidade de cimento, disseram pessoas a par do assunto à Bloomberg.

A CSN Cimentos, como a unidade é conhecida, está trabalhando com o Bradesco BBI, o BTG Pactual (BPAC11) e o Citi em uma potencial listagem na bolsa de valores brasileira, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as informações são confidenciais.

A oferta pode avaliar o negócio em torno de 10 bilhões de reais, disse uma das pessoas.

Representantes da CSN e do BTG não responderam a pedido de comentário. Bradesco e Citi não quiseram comentar.

O conselho de administração da CSN já deu luz verde aos estudos para um IPO do negócio de cimento, segundo comunicado na quarta-feira, 28.

Junto com o IPO, a CSN também planeja aproveitar oportunidades de fusões e aquisições para impulsionar a unidade, disse o presidente Benjamin Steinbruch em teleconferência.

A CSN Cimentos teve receita líquida de 277 milhões de reais no primeiro trimestre, um aumento de 90% em relação ao mesmo período do ano passado.

O IPO aproveitaria a recuperação das vendas de cimento no Brasil, o que está alimentando uma onda de negócios no setor. A LafargeHolcim, maior fabricante de cimento do mundo, está trabalhando com o Itaú BBA na venda de sua unidade brasileira, informou a Bloomberg News na semana passada.

A InterCement também pretende fazer um IPO de sua empresa no Brasil, em um negócio que pode valer cerca de 3 bilhões de dólares, disseram pessoas próximas à operação no início desta semana.

As taxas de juros historicamente baixas e a onda crescente de pessoas que procuram reformar suas casas durante a pandemia têm alimentado um boom no setor de construção do Brasil.

Um total de 62,9 milhões de toneladas de cimento foram vendidas no país nos 12 meses até março, um aumento de 15% em relação ao ano anterior, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).

A CSN Cimentos seria a segunda unidade a fazer IPO da CSN, a gigante siderúrgica controlada pela família bilionária Steinbruch. Em fevereiro, os Steinbruchs fizeram a oferta pública inicial da CSN Mineração (CMIN3).

As ações subiram 27% em pouco mais de dois meses, levando a empresa a mais de 60 bilhões de reais em valor de mercado. As transações fazem parte da promessa da família de vender ativos a fim de cortar dívidas da CSN.

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