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Casa e decoração: como organizar melhor os pequenos espaços

Mesmo com pouca metragem, é possível garantir que seu lar tenha personalidade; confira aqui dicas de especialistas

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Marcelo Gomes Lima, Especial Para O Estadão. Nunca foi tão fácil se deparar com imagens de casas e apartamentos belos e atraentes. Dos sites às revistas especializadas, passando pelas mostras dedicadas ao tema, o que não faltam são sugestões de decoração para os mais variados estilos e personalidades. Mas nem sempre para todos os tipos de imóveis. Em particular, os menores, como os studios, que viram febre em São Paulo com Plano Diretor. 

Claro que, quando tomadas como inspiração – e não como solução pronta para qualquer caso -, tais informações podem ser úteis. O problema começa quando, além de seus hábitos, as soluções não consideram os metros quadrados disponíveis.

“Não é porque é pequeno que é simples”, diz a arquiteta Paula Neder, que acaba de concluir o projeto de um estúdio de 26 m², uma das atuais estrelas do mercado imobiliário. “Nesses imóveis tudo deve ser multifuncional: a cama deve servir como sofá. A mesa de refeições, como escrivaninha, e por aí vai.” 

Não que, em nome da funcionalidade, o morador de um imóvel pequeno deva abrir mão de seu gosto. Mas certos erros podem e devem ser evitados. Sobretudo às vésperas das festas de fim de ano. Época propícia a compras de impulso e pequenas reformas. Portanto, fique atento:

  1. Só o necessário: O maior erro que se pode cometer ao se decorar um imóvel pequeno é não levar em conta as necessidades individuais. Se você não gosta de cozinhar, não dedique muito espaço a um ambiente que não vai usar. “Apartamentos pequenos exigem mais personalização”, alerta Paula Neder. 
  2. Soluções próprias: Não caia na armadilha de sobrepor ideias tiradas daqui e dali. Leve em conta que a maioria dos ambientes de revistas foi produzida em condições especiais de recuo e iluminação. Transpostas para outra situação, o resultado pode ser outro. E se revelar bem pouco funcional.
  3. Fora da escala: Usar apenas peças pequenas pode fazer com que o ambiente se torne redundante. Da mesma forma que móveis grandes demais podem ser desastrosos “Seu sonho é uma cama king? Calma. Avalie se os espaços laterais permitem ao menos 60 cm para garantir uma boa circulação”, lembra a arquiteta Paula Muller.
  4. Divisórias: Sempre que possível, evite dividir os espaços com paredes. Móveis e tapetes podem funcionar como limite entre espaços abertos. Atenção: nunca elimine uma parede sem consultar um profissional. 
  5. Muito volume: Em cada ambiente, foque em uma peça em especial – um sofá, uma mesa, uma cama -, distribuindo ao seu redor objetos menores. Mas evite exagerar. “Muitos elementos decorativos fazem o espaço parecer ainda menor”, conta a arquiteta Carmen Zaccaro.
  6. Armários: Reforçar as condições de armazenamento é recomendado. Evite, no entanto, concentrar muitos armários no ambiente, para não causar a sensação de confinamento. Reservar uma área com essa finalidade – considere os corredores – pode ser excelente solução.
  7. Ponto de luz: Um único lustre pode iluminar um ambiente, mas para decorar com estilo, áreas de sombra são tão necessárias quanto. Por isso, procure inserir abajures para apoiar a principal fonte de luz, enfatizando certos ângulos. “A luz ajuda a criar pontos de interesse”, explica a arquiteta Adriana Esteves. 
  8. Revestimentos: Aplicar um único piso é a solução mais recomendada para alongar ambientes contínuos, como salas de jantar e de estar. A regra é especialmente válida para o banheiro, onde é indicado empregar o mesmo tipo de cobertura em pelo menos duas superfícies: parede-parede e parede-chão. 
  9. Paredes nuas: Aproveite-as ao máximo. Revesti-las com espelhos, por exemplo, multiplica o espaço e a luz. “Se puder, rebaixe o teto o mínimo possível e adote elementos altos como estantes e cortinas piso-teto, direcionando a visão para o alto. Só isso já aumenta a sensação de amplitude”, lembra a designer Livia Amendola.
  10. Móveis em desuso: Como tudo, o espaço da casa não ficou imune ao avanço da tecnologia. Por isso, avalie se realmente é necessário, por exemplo, dispor um rack na sala. “Muitos optam por usar somente a internet da TV. Neste caso, basta fixar a TV na parede, deixando um ponto atrás”, pontua a arquiteta Cristina Bezamat. 

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