Para que o sistema de gestão da qualidade, ambiental e de segurança e saúde seja realmente adotado por todos na organização, principalmente no setor da construção, em que necessitamos de tantas melhorias para sermos mais competitivos, e para recuperarmos a credibilidade perdida neste momento do nosso pais, devemos primeiramente fazer a seguinte reflexão:
Para que serve efetivamente um sistema de gestão?
Sem esta reflexão, não é possível prosseguir. Ela é o “alicerce”, para se criar um sistema de gestão eficiente.
Sempre que eu vou dar início aos meus trabalhos de consultoria, eu convido a alta direção e equipes a refletirem: Porque sua organização busca implantar um sistema de gestão? Que benefícios e resultados pretendem alcançar?
E muitas vezes a resposta que temos é que a organização está buscando implantar um sistema de gestão, pois é uma exigência de mercado, ou um requisito para se obter o financiamento bancário, mas raras são as vezes, em que eu escuto a construtora A ou B me dizer que quer implantar um sistema de gestão, para atingir a eficiência dos processos na organização.
Hoje ter um sistema de gestão certificado já não é um grande diferencial de mercado, comparado ao “boom” que tivemos na década de 2000. Portanto, as empresas que tem sistemas de gestão sejam eles certificados ou não, devem buscar no mínimo, excelência na sua gestão, atrelada a melhoria de desempenho nos resultados, redução de riscos, melhor competitividade e atendimento das expectativas das partes interessadas do negócio, visando a sustentabilidade da organização.
A padronização das rotinas, permite uma integração e treinamentos a todos os colaboradores tomando como base o que foi estabelecido pela organização como padrão de qualidade a ser seguido.
Outro grande beneficio dos sistemas de gestão, é preservar o conhecimento organizacional, ou seja, a rica experiência dos profissionais da organização, que pode ser aprendida e absorvida, bem como, as lições de aprendizado, visando aprimorar continuamente, os processos dos sistemas de gestão.
Os Sistemas de Gestão das empresas eram dissociados da gestão do negócio, não havia uma conexão com o Planejamento Estratégico das organizações. O Sistema de Gestão tinha como ponto de partida a Política da Qualidade.
Com o advento da nova abordagem das normas ISO, nós teremos um sistema de gestão desenhado para atingir o Direcionamento Estratégico da empresa. Portanto, agora há uma clara “amarração” entre a Gestão do Negócio com o Sistema de Gestão.
Então, um exemplo de direcionamento estratégico pode ser a sustentabilidade econômica da organização através de processos eficientes.
Eficiência é a relação entre o resultado alcançado e os recursos usados.
Portanto todos os processos na organização (comercial, projetos, planejamento, orçamentos e controle de custos, pré-obras, suprimentos, obras, assistência técnica, segurança do trabalho, meio ambiente, etc), deverão ser desenhados com este objetivo de fazer mais com menos recurso, ou seja, se desdobrando do comercial, que é a contratação da obra, passando por todos os sub-processos de obras e chegando até a assistência técnica pós obra.