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Comprovado: pavimento de concreto emite menos CO2

É o que mostra estudo do MIT, ao medir o impacto ambiental gerado pelo tráfego de veículos nas estradas

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O Banco Mundial aponta que existem quase 45 milhões de quilômetros de rodovias pavimentadas no planeta – a maioria em asfalto. Isso levou o Centro de Sustentabilidade do Concreto do MIT (do inglês, Concrete Sustainability Hub [CSHub]) a medir o impacto ambiental causado pelo tráfego constante dos veículos sobre as estradas. A conclusão do trabalho no Massachusetts Institute of Technology (MIT) revela porque o pavimento de concreto é mais amigo do meio ambiente em comparação ao asfalto.

O estudo, publicado no Journal of Cleaner Production, constatou que, no asfalto, o efeito chamado de interação pavimento-veículo libera maior volume de CO2 na atmosfera. Outra observação é que a deflexão do asfalto leva os veículos a consumirem mais combustível. “A qualidade do pavimento impacta no desempenho dos veículos e na capacidade de economizarem combustível, ou seja, ao longo de seu ciclo de vida o pavimento influencia para uma pegada maior ou menor de carbono”, deduz o estudo.

O relatório do CSHub ainda faz a seguinte análise: “Ao estudar todas as etapas da vida de uma estrada, usando uma técnica chamada de avaliação do ciclo de vida do pavimento, fica claro que o impacto ambiental de um pavimento não termina com a construção. De fato, há emissões significativas associadas ao asfalto durante sua vida operacional, em comparação ao concreto”. A pesquisa ressalta que as maiores diferenças entre o pavimento flexível e o rígido se dão quando os caminhões estão nas rodovias.

Jeremy Gregory, diretor-executivo do CSHub, e coordenador da pesquisa, faz a seguinte observação, após analisar o fator denominado Interação Pavimento-Veículo (do inglês, Pavement-Vehicle Interaction [PVI]): “Quanto mais áspero é o pavimento, mais dissipação de energia existe no sistema de amortecedores de um veículo, que tende a consumir mais combustível para superar essa dissipação adicional de energia. O segundo aspecto do PVI é a deflexão, que tem a ver com veículos muito pesados, principalmente caminhões. O peso de um caminhão faz um pequeno entalhe no pavimento flexível, de modo que o veículo está sempre subindo um morro muito raso. Assim como a rugosidade, a deflexão também causa o consumo excessivo de combustível. Já no pavimento rígido isso é bastante minimizado.”

Em regiões mais quentes, rodovias com pavimento flexível deformam mais

O diretor-executivo do CSHub destaca que, principalmente no fator deflexão, o concreto mostrou-se muito superior ao asfalto nas aferições realizadas no estudo. Outro capítulo da pesquisa também demonstra que o clima afeta a pegada ambiental da fase de uso de um pavimento. Em regiões com temperaturas médias mais altas, as rodovias construídas com materiais à base de petróleo se deformam mais facilmente, o que aumenta a suscetibilidade à deflexão. Por sua vez, caminhões que dirigem nesses pavimentos em climas quentes têm maior consumo de combustível, relata o documento do CSHub.

O Centro de Sustentabilidade do Concreto do MIT analisou pavimentos em quatro estados dos Estados Unidos, com diferentes climas: Missouri, Arizona, Colorado e Flórida. Dentro de cada zona climática, foram estudados diferentes níveis de tráfego. A pesquisa concluiu que nas estradas avaliadas a economia de combustível seria de 3,8 bilhões de litros em 5 anos, caso houvesse somente pavimento de concreto, em vez de pavimento de asfalto.


Fonte: Massa Cinzenta

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