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Construção de parque na orla da Lagoa de Piratininga começa este mês

Prefeitura iniciará obra de ciclovia com dez quilômetros, além de 17 praças com equipamentos esportivos e de lazer; Promessa é que tudo fique pronto até setembro do ano que vem

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Construídos no trecho entre o Cafubá e a entrada de Camboinhas, piscinões funcionarão como um sistemas de alagados com jardins filtrantes para melhorar a qualidade da água dos rios que desembocam na Lagoa de Piratininga Foto: Divulgação / Prefeitura de Niterói.

Por Leonardo Sodré, O Globo. NITERÓI — Depois de meses de ações de manejo que incluem desapropriações e infraestrutura de replantio, as obras de urbanização do entorno da Lagoa de Piratininga devem começar mês que vem. A prefeitura anunciou que iniciará a construção das pistas de uma ciclovia com dez quilômetros em volta do espelho d’água, além de 17 pontos com equipamentos esportivos e de lazer, como quadras, churrasqueiras, guarderias para embarcações e espaços para contemplação e pesca. A promessa é que tudo fique pronto até setembro do ano que vem.

O local passará a se chamar Parque Orla Piratininga (POP) Alfredo Sirkis, e toda a construção custará R$ 60 milhões aos cofres do município. Para melhorar a qualidade das águas que chegam à lagoa, estão sendo elaborados sistemas de alagados com jardins filtrantes nas bacias dos rios Cafubá, Arrozal e Jacaré. Antes de alcançar a lagoa, as águas dos rios passarão por esses piscinões verdes. A construção deles seguirá em paralelo à reurbanização e às obras das praças em volta da lagoa.

O projeto do POP foi dividido em nove trechos de acordo com as características de cada local. No momento, as intervenções na bacia dos rios ocorrem no trecho 1, que se estende do fim da Avenida Francisco Gabriel de Souza Lôbo, próximo à área de pouso de parapente no Cafubá, até a ponte do Canal do Camboatá, perto da entrada de Camboinhas. Nas próximas semanas, nesse trecho começarão a ser construídas a ciclovia, áreas para lazer, ginástica e pesca, um mirante, quadra de esportes, pista de skate, brinquedos infantis e churrasqueira.

Museu integrado

O trecho 2, que se estende do Canal do Camboatá até a Rua Doutor Valdemar Vanderlei; e o trecho 3, dali até a Rua Doutor Ernâni Luís da Cunha, além da ciclovia, também terão área de estar, churrasqueira, paraciclos, píer de contemplação, banheiros e quadra de esporte. O local ganharã ainda um parcão e estacionamento.

No trecho 4, que compreende a área entre a Rua Doutor Ernâni Luís da Cunha e a ponte de acesso ao bairro Jardim Imbuí, será construído um museu, às margens da lagoa, no local em que funcionava o antigo Iate Clube de Piratininga. Segundo a engenheira civil Andressa Ferreira Lima, uma das responsáveis pelo projeto, o museu terá aproximadamente 1.500 metros quadrados e será um espaço multiuso.

— O projeto de arquitetura do museu teve uma abordagem sustentável, privilegiando iluminação e ventilação naturais e uso de materiais sustentáveis. A grande praça coberta do pavimento térreo vai abrigar os serviços de recepção e chapelaria, guarda-caiaques, sala multiuso, sanitários e vestiários, além de um restaurante. O mezanino contará com uma sala de reuniões e uma sala administrativa a ser utilizada pelo museu. As passarelas e espaços vazios do mezanino geram oportunidades para exposições e encontros, criando assim espaços ativos em todo o conjunto — detalha.

A ligação da Lagoa de Piratininga com a Prainha faz parte do trecho 5 do projeto do parque. Já o trecho 6 se estende da ponte de acesso ao Jardim Imbuí até a Rua Augusto Ruschi, incluindo também a Ilha do Tibau. O trecho 7 vai da Rua Augusto Ruschi até o fim do Jardim Imbuí, e o 8 compreende toda a área de abrangência da Rua Estrela, antiga Rua 100. O trecho 9 vai da Rua Estrela até a Avenida Francisco Gabriel de Souza Lôbo. Nestas áreas, o caminho da ciclovia terá praças com diversos equipamentos. Um campo de futebol e uma quadra de esportes serão construídos no trecho 6.

Desapropriações

Para a execução das obras, pelo menos 11 bfamílias da comunidade da Ciclovia, próximo ao Cafubá, terão de deixar suas casas. A prefeitura iniciou as desapropriações em janeiro e fará as remoções em duas etapas, que devem durar cerca de um ano. Segundo o município, as primeiras remoções serão realizadas na margem do Rio Jacaré para, em seguida, serem feitas as intervenções nos pontos da comunidade onde é necessária a abertura de vias e becos para implantação de infraestrutura e serviços urbanos.

O POP foi elaborado por um consórcio internacional de empresas — uma da Holanda e outra da França (que já desenvolveram projetos de parques sustentáveis na Europa) e três brasileiras. A gestão da obra é feita pela equipe do programa PRO Sustentável da prefeitura, que também é responsável pelas ações de renaturalização do Rio Jacaré.

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