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Cotação de material de construção não é só preço

É preciso levar em consideração se o material de construção adquirido está adequado ao sistema construtivo escolhido para a obra

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Por Massa Cinzenta

Existe um modo simplista de entender o que é cotação de material de construção para uma obra: considerar apenas o melhor preço. Mas e a qualidade, o prazo de entrega e a logística? São itens importantes e que, para quem só considera o preço, podem resultar naquele jargão popular, o qual diz que “o barato sai caro”. Portanto, cotar material de construção inclui preço, mas não é só isso.

É preciso levar em consideração se o produto adquirido está adequado ao sistema construtivo escolhido para a obra, se a mão de obra domina o preparo e a aplicação, se o fornecedor cumpre prazos e se o custo do transporte não encarece a compra. Especialistas em cotação recomendam também que a compra seja adequada à etapa da obra. Adquirir revestimento antes de erguer a estrutura, só porque ele está em promoção, pode não ser o mais correto.

A recomendação é que a compra dos materiais de construção obedeça ao cronograma da obra. Porém, é imprescindível que os suprimentos necessários para cada etapa da construção estejam disponíveis no canteiro. O que não faz sentido é antecipar compras de fases futuras da obra. Não é essa prática que leva à economia no orçamento, e sim a disposição para pesquisar e comparar preços. Essa é a chave para uma boa cotação de materiais de construção.

Há seis passos básicos recomendados para uma cotação correta de materiais de construção:

1. Definir a demanda
2. Selecionar fornecedores
3. Realizar o pedido
4. Equalizar as respostas
5. Fechar a compra
6. Analisar os resultados.

Hoje também existe um bom número de plataformas online para a cotação de materiais. Elas são mais eficazes para quem está à frente de uma reforma ou construção de uma casa, por exemplo.

Compra técnica em construtoras é área cada vez mais dominada por engenheiros civis

Pesquisa realizada pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP de Ribeirão Preto-SP mostra que uma das maiores dificuldades apontadas por quem constrói ou reforma é orçar e comprar materiais de construção. O estudo vale para pequenas obras, já que no caso de grandes empreendimentos as construtoras e empreiteiras costumam ter compradores técnicos.

Essa é uma função cada vez mais dominada por engenheiros civis.

Isso se deve às exigências crescentes dentro das áreas de suprimentos das empresas, e que passaram a requerer novas habilidades para quem exerce o cargo de comprador técnico. Entre elas: gestão estratégicacontemporaneidadeconhecimento técnico, escolha e qualificação dos fornecedores e desenvolvimento de processos de aquisição com base em indicadores.

Por todas as complexidades que passaram a abranger a compra técnica é que o engenheiro civil sai em vantagem para ocupar a função. “A compra técnica, antigamente, era um cargo burocrático. O comprador cotava, negociava, fechava o pedido e ia embora. Hoje, o cargo é estratégico, mas ainda há empresas que preferem compradores com formação administrativa e ligados à área financeira. Porém, a maioria já opta por profissionais técnicos. Além de engenheiros civis, também existem engenheiros de produção e engenheiros de logística desempenhando muito bem a função”, finaliza Joyce Benedetti, coordenadora da área de suprimentos da MBigucci Construtora.


Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330

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