Em meio a pandemia de coronavírus, muitos setores estão sendo paralisados. Nesse sentido, o economista Sérgio Perussi Filho, reforçou a necessidade de funcionamento do setor de construção civil.
O governador do Estado de São Paulo, João Dória, anunciou em coletiva na segunda-feira (23) que era importante que o setor continuasse trabalhando.
Para Sérgio Perussi Filho, a atividade precisa se manter viva neste período. “A decisão do governo de não parar o setor da construção civil durante esses meses iniciais de pandemia é importante porque o setor gera mais de 10 milhões de empregos no Brasil e representa 22% do Produto Interno Bruto (PIB) da economia que o país consegue produzir durante um ano. Também paga muitos impostos para o Governo, uma carga tributária de 34%”, explicou.
O especialista ressalta a importância de cuidar dos trabalhadores neste momento. “É importante também tomar algumas decisões para cuidar da saúde dos trabalhadores na construção civil, principalmente a logística, o transporte desses trabalhadores e também atividade que desenvolvem nas obras, cuidar para que tenham um controle sanitário, para que possam ter sua higiene bem cuidada para trabalhar e não se contaminar e transferir o vírus para outros colegas do trabalho”, disse Filho.
Novo cenário
O setor de construção civil abriu 2020 com perspectivas de crescimento. Para a câmara brasileira da indústria da construção, o setor poderia crescer 3% neste ano, o que representa um potencial para criação de 150 mil a 200 mil postos de trabalho formais até o final do ano. Diante da pandemia, todo cenário poderá ser alterado.
“É um setor muito importante da economia, é importante que ele permaneça em atividade neste momento, mas não podemos descuidar do cuidado com os trabalhadores, dependendo deste tipo de obra, os trabalhadores ficam em contato mais próximo, é importante criar uma condição de administração do processo de produção pelos coordenadores, engenheiros para que possam trabalhar, produzir e ao mesmo tempo tomar cuidado com relação a contaminação”, finalizou o especialista.
Fonte: ACidadeON/São Carlos