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Foto: Noah Berger/Reuters

 

Foto: Noah Berger/Reuters
Foto: Noah Berger/Reuters

 

Sobre um enorme terreno de 75 acres em Cupertino, Califórnia, foi erguido o Apple Park. O prédio circular de 260.000 m2 da nova sede da Companhia pode abrigar 12.000 funcionários e começou a ser projetado sob o olhar atento e caprichoso de Steve Jobs.

Investimentos de US$ 5 bilhões não confirmados pela companhia foram empenhados no empreendimento, que conta com um Teatro para 1.000 pessoas, em fibra de carbono batizado de Steve Jobs como um tributo ao fundador da companhia. Ele será o frequente palco provável dos lançamentos dos novos produtos de todos os segundos semestres.  9.000 árvores resistentes à seca de 300 espécies diferentes emolduram a estrutura em forma de nave especial.

O projeto é do Escritório Foster + Partners, e contempla ainda um Centro de Wellness, uma cafeteria, um enorme bosque, um pomar, pistas de corrida e um grande túnel de acesso. Na fachada do prédio está aplicado o maior painel de vidro curvo do mundo, com altura de 13,5m bem como portas de 28m de altura.

Os cuidados nos detalhes chegaram até os botões dos elevadores, com clara inspiração dos produtos da casa:  é o design industrial de um produto Apple refletido na arquitetura. Alinhamento de marca e mensagem na prática é isso. Os níveis de tolerância mais reduzidos na construção são culpados parciais do atraso da obra.

Como curiosidade – que muitos duvidam da veracidade – houve até um projeto desenvolvido para embalagens de viagem para pizza dos funcionários, que a Revista Wired divulgou. Confesso que achei, assim como muitos, pobre para o design estado-da-arte da marca. Um pouco de folclore e buzz-marketing caem bem.

Foto: Wired
Foto: Wired

 

A construção deste prédio, que pode ser visto do espaço, mais que uma obra de engenharia e arquitetura per si, é icônica, e envia mensagens ao mundo de uma companhia global que se torna um símbolo que extrapola as maçãs mordidas em IMacs e IPhones. O Apple Park é inteiramente abastecido por energia solar. Com capacidade de geração de 17 Megawatts, é uma das maiores instalações do mundo com energia puramente renovável. O prédio também é a maior instalação do mundo com ventilação natural. O projeto arquitetônico permite que o Apple Park funcione sem necessidade de ar condicionado ou aquecimento por 9 meses do ano.

Foto: Archdaily
Foto: Archdaily

Segundo a Profa. Louise Mozingo da UC Berkeley, o Campus é uma exceção à tendência de escritórios preferencialmente abertos com o objetivo de promover a colaboração e o conceito de serendipity, tão oxigenador como nos espaços de Co-Work. “O desafio da circulação interna é notado, e a questão da produtividade das equipes, parece ter sido secundarizada.”, segundo Louise.

Ao longo da obra foram feitos mais de 100 encontros com moradores da vizinhança. Mesmo com a gestão de relacionamentos locais, uma obra urbana desse vulto trouxe poeira e trânsito. Em contrapartida, novos negócios e moradias surgiram, bem como a valorização de construções existentes em estimados 25%.

Será que vai ter fila de Apple-maniacs na porta para as visitas guiadas ao Vaticano de Jobs, maiores que as da 5ª Avenida para comprar os seus gadgets?

O tempo dirá. E drones Apple mostrarão.

 

Para saber mais:

https://www.archdaily.com.br/br/801490/video-ultimos-detalhes-da-obra-do-campus-2-da-apple-por-foster-plus-partners

http://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/6933878/imagens-drone-mostram-nova-sede-apple-uma-semana-sua-inauguracao

 

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