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Fundos de investimento imobiliário: veja as recomendações do BTG para junho

Carteira recomendada para o mês prioriza fundos de recebíveis imobiliários e destaca o apetite dos cotistas por veículos que investem em dívidas do mercado imobiliário

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Isabel Rocha, Exame. O BTG Pactual divulgou, nesta quarta-feira, 1º de junho, sua carteira recomendada de fundos imobiliários sem nenhuma alteração. Assim, a carteira deste mês segue composta de 14 ativos, divididos entre: recebíveis (53,0%), galpões logísticos (17,5%), lajes corporativas (17,0%), híbridos (5,0%), shoppings (5,0%) e agronegócio (2,5%).

Pode-se observar, portanto, a priorização dos fundos de papel (que, de acordo com o relatório, têm apresentado um excelente carrego livre de imposto) no portfólio. “Apesar de os fundos de tijolo negociarem com descontos atrativos, seguimos cautelosos com o cenário macroeconômico. Não obstante, acreditamos no upside para os fundos de tijolo no longo prazo, através do ajuste cadente no cupom real das NTN-Bs longas, em virtude da melhora de percepção do contexto político e econômico”, diz o documento.

Desde o mês passado, o banco já vinha pontuando a performance consistente desse tipo de ativo diante da escalada das taxas de juro. No relatório publicado ontem, os analistas ressaltaram o aumento considerável no número de emissões de títulos de dívida (principalmente CRIs) e volume ofertado em 2021 no mercado imobiliário.

“Sobre os fundos imobiliários, cerca de 59% do volume total captado via ofertas públicas foi levantado por fundos de recebíveis no ano passado, o que reforça o apetite dos cotistas por veículos que investem em dívidas do mercado imobiliário. Inclusive, os fundos de investimento são os principais investidores de CRI do mercado, registrando participação de 62,5% das ofertas em 2021. Olhando para 2022, essa tendência continua sendo observada nas ofertas primárias com maior foco nos fundos de recebíveis”.

A escolha dos fundos que compõem a carteira recomendada do BTG Pactual se dá a partir de análise setorial macroeconômica, além da avaliação do portfólio do fundo em termos de qualidade e localização dos ativos; microeconomia da região; perfil dos locatários/devedores; e análise dos contratos e garantias.

Em conjunto, os ativos apresentam dividend yield anualizado de 11,3%, enquanto o dividend yield para os próximos 12 meses é de 10,5%. Já as cotas dos fundos sugeridos negociam, na média, com desconto de 9% em relação a seus valores patrimoniais. Em termos de liquidez, a carteira possui o volume médio diário de negociação de aproximadamente R$ 3,3 milhões.

Os destaques de maio

Assinado por Daniel Marinelli, Danilo Barbosa e Matheus Oliveira, o relatório deste mês também traz uma análise sobre os principais destaques da carteira em cada segmento no mês anterior.

Do ponto de vista dos fundos de lajes corporativas, por exemplo, os analistas do banco apontaram o bom desempenho do CSHG Real Estate (HGRE11), que atualmente tem peso de 5% carteira, e apresentou alta de 2,88% em maio. O documento também destaca a boa gestão; a diversificação de segmentos e locatários (nomes como Banco do Brasil, Totvs e GVT estão entre os inquilinos); e a redução da taxa de vacância como pontos positivos do fundo.

“A gestão segue reduzindo a taxa de vacância física e financeira do fundo, uma vez que as visitas e o recebimento de propostas vêm se intensificando […] Seguimos confiantes com a tese de investimento do HGRE11, pelo elevado desconto em relação ao seu valor patrimonial (P/VPA de 0,80x) e pelo fato de acreditarmos que as locações dos ativos vagos tendem a destravar rendimentos interessantes para o fundo mais à frente. Confiamos muito na gestão, que tem feito um trabalho ativo de excelência na prospecção de locatários”

Já no segmento de fundos de recebíveis, o destaque de maio foi o RBR Rendimento High Grade (RBRR11), que encerrou o mês com alta de 2,13%.  Segundo o relatório, o principal diferencial do fundo é o investimento em operações exclusivas de originação própria, o que permite ao fundo customizar taxas, prazos e garantias atrelados à operação. Na carteira do mês, a exposição recomendada ao RBRR11 também é de 5%.

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