Medição da eficiência de uma equipe de equipamentos, trabalhando isoladamente e em conjunto.
- Para dimensionar a Eficiência (EF) de um equipamento trabalhando isoladamente
Para este cálculo é admitida a formula:
Eficiência (EF) = Horas de produção / Quantidade de serviço
Sendo:
A Eficiência Nominal é a relação entre o tempo de produção efetiva e o tempo de produção relativa.
Onde:
Horas de equipamentos empregadas na produção = duração x jornada x hora trabalhada.
Quantidade de serviços são os volumes efetivamente realizados.
Portanto, a Eficiência é o inverso da velocidade de trabalho, vista quando estudamos a Produção no artigo anterior, sendo um índice que representa quanto tempo foi gasto para efetuar determinada atividade ou serviço.
Este indicador é mais o acessível para aferição na realização de estudos científicos ou mesmo em apropriações de campo.
Para estudos reduzidos unitariamente, essa relação pode ser considerada igual a 1,0.
O que significa que, para uma hora de execução do serviço, são realizadas uma unidade de medição quantitativa deste serviço, tornando-o coeficiente de desempenho numa composição de custos unitários, modalidade reduzida de medição e preços.
Deste modo, o indicador representa a qualidade de se executar tarefas de modo tecnicamente adequado, sob gestão, com menor a menor aplicação de trabalho e o maior rendimento, de imediato.
Recomendação Técnica para aplicação
A Eficiência Nominal é diretamente impactada pelas contingências que ocorrem naturalmente durante a execução e no canteiro de obras.
A Eficiência Operacional é obtida pela relação entre o tempo de produção efetiva e o tempo de produção nominal, incorporando essas contingências.
A aplicação de um fator de Correção da Eficiência (FT) incorpora ao modelo de serviços rodoviários ou de infraestrutura, os tempos de:
- Adaptação para alterações de serviço
- Deslocamentos do equipamento entre frentes de trabalho
- Preparação das máquinas
- Preparação para o trabalho
- Atividades de manutenção
- Entre outros, a serem justificados
A aplicação desse fator, deve estar relacionada e consubstanciado em memorial de justificativas técnicas, que são restritas às atividades, cujas causas que lhes dão efeito.
Cabe ao Engenheiro de Custos avaliar com critério essas ocorrências presumíveis, de que a atividade ou serviço esteja vulnerável, para que as restrições sejam contidas, aplicando-lhes ao índice um tratamento de mitigação (diminuir, evitar, compartilhar ou reter o risco).
De acordo com o SICRO 2 o Fator de Correção da Eficiência está prefixadamente estimado em (50 min/60 min) = 0,83.
Os Sistemas Referenciais também recomendam, requerer ajustes nas atividades com ciclos de produção:
- Dependem da conjugação com outras atividades
- Serviços de Dragagem, como caso é a extração de areia
- Obras de conservação
- Entre outros, a serem justificados
Nesses casos a recomendação do SICRO 2 é utilizar Fator de Correção da Eficiência em (45 min / 60 min) = 0,75.
- Para o cálculo da Eficiência (EF) de equipamentos trabalhando em equipes
Nesta situação, são duas as considerações a serem adotadas:
- Interdependências em um conjunto de equipamentos (entre dois ou mais equipamentos)
Assim, determinado o coeficiente de eficiência nominal de cada equipamento, deve-se considerar as condições de trabalho impostas.
Para cada hora do tempo total disponível para o trabalho é estimado o tempo de produção efetiva determinando assim a Eficiência Operacional do conjunto de equipamentos.
Os Fatores de Correção que vão influenciar na eficiência individual, na Produção do conjunto de equipamentos são:
- Condições de Trabalho (CT), produtivo e improdutivo do Equipamento, decorrente da tipologia de serviço.
- Condições de Operação (CO), leve, média e pesada, decorrentes dos tipos de solo, superfícies de rolamento e decorrentes da produtividade da mão de obra da operação.
- Condições da Manutenção (CM), decorrente do prazo de vida útil do equipamento.
- Equipamento de menor desempenho sua Eficiência limita a produção do conjunto
A Produção do conjunto de equipamentos depende da eficiência do equipamento trabalhando isoladamente.
Recomendação Técnica para aplicação
CONDIÇOES DE TRABALHO (CT)
Para a Correção de Eficiência pelas Condições de Trabalho (CT) devem ser analisadas os impactos nos tempos de produção (hora Máquina) em cada equipamento isoladamente.
É função da:
- Produção efetiva
- Produção relativa
- Eficiência
- Eficácia
- Tipologia do serviço
- Tipologia da Obra
Situações distintas de trabalho no campo:
- Pleno funcionamento
- Envolvido com o processo
- Funcionamento parcial
- Disponível para o trabalho
- Sem funcionamento
Condições de Trabalho da Máquina (ET)
- Estado Produtivo
- Estado Improdutivo
CONDIÇOES DE OPERAÇÃO (CO)
Para a Correção de Eficiência pelas Condições de Operação (CO) devem ser analisadas os impactos nos tempos de produção (hora Máquina) em cada equipamento isoladamente.
É função de:
- Diferenciais de modelo e marca do equipamento
- Características particulares da tipologia do serviço
Decorrentes das seguintes condicionantes na utilização:
- Tipos de solo – Características e superfícies de rolamento
- Produtividade da mão de obra – Habilidade do operador
- Combustíveis e lubrificantes – Consumo na operação
- Manutenção – Estado de conservação
Condições de Operação do equipamento (CO)
- Leve, Média ou Pesada
CONDIÇOES DE MANUTENÇÃO (CM)
Para a Correção de Eficiência pelas Condições de Manutenção (CM) devem ser analisados os impactos nos tempos de produção (hora Máquina) em cada equipamento isoladamente.
É função do:
- Prazo da Vida Útil – Equipamentos sujeitos a variação de desgaste devem vincular vida útil às condições em que operam.
Condições de Manutenção do equipamento (CM)
- Coeficientes existentes em publicações especializadas dos fabricantes.
Inovação essencial em curso
Impressionante é o avanço tecnológico oferecido atualmente pelas ferramentas da Inteligência Artificial (IA) e do Big Data (BD), no campo da garimpagem e armazenamento de informações.
Os sistemas moveis, conectados por internet nas nuvens, propiciam soluções da complexidade diversificada dos elementos envolvidos, possibilitando indicadores enquadrados em regras, perfeitamente caracterizados, precisos a identidade correspondente ao serviço.
No próximo artigo (Parte III) daremos continuidade ao tema, incluindo os ajustes e as considerações de inovação sobre o Desempenho de uma equipe de equipamentos, trabalhando isoladamente e em conjunto.