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Melhor idade: um mercado a ser explorado

Entre os anos de 1992 e 2009, a participação de idosos na população brasileira passou de 0,9% para 1,6%

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O mercado imobiliário vive um momento conturbado, mas existem oportunidades em segmentos ainda pouco explorados por aqui, e já com imenso sucesso no exterior, como o voltado para a melhor idade (senior assistance).

O desafio para desenvolvermos este mercado focado em idosos no Brasil é encontrar a gama de opções adequada a nossa realidade. A margem EBITDA deste segmento é muito elevada, algo em torno de 30%, ​conforme poderá ser comprovado por informações de mercado no exterior ou através do livro chamado “Independent Living CCRCS” do professor Jim Moore – um dos maiores especialistas no assunto.

Não é segredo que a população mundial está envelhecendo. Isto significa que em muitos lugares as gerações mais jovens são menores do que seus antecessores. Japão e Alemanha já estão sofrendo as consequências econômicas deste fenômeno. O Brasil está oficialmente ficando mais velho. Entre os anos de 1992 e 2009, a participação de idosos na população brasileira passou de 0,9% para 1,6%. Embora o percentual seja baixo, fala-se de 2,9 milhões de pessoas com 80 anos e mais. No entanto, o que mais impressiona vai ocorrer apenas por volta de 2040: o número de pessoas com mais de 50 anos vai superar os indivíduos de zero a 30 anos, de acordo com análise divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE).

– O envelhecimento populacional é, hoje, um fenômeno mundial, mas no Brasil ocorre de forma acelerada – afirma a técnica de planejamento e pesquisa do Ipea, Ana Amélia Camarana.

Essa nova realidade, segundo Fernando Arbache, professor de logística e infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas (FGV), deverá vir acompanhada de nova mentalidade para receber a melhor idade de forma adequada.

No Brasil, a palavra “asilo” é terrivelmente pejorativa. A maioria das pessoas acima de 55 anos preferem uma vida solitária e difícil antes de ” ir morar nestes lugares”, muitos tem uma visão que um lugar assim mais se parece mais com um hospital para doentes crônicos do que uma comunidade ativa de coexistência.

Modelos de negócio

Existem cinco principais modelos de negócio a serem explorados:

1) Comunidades para adultos ativos. Moradores dessas comunidades geralmente tem que atender a um requisito de idade (55), mas perfeitamente ativos. Os projetos são geralmente repletos de amenidades, onde muitas atividades recreativas são oferecidas. Nos Estados Unidos é o segmento mais importante destas cinco modelos.

2) Instalações de vida independente. Estas residências estão focadas em adultos contemporâneos que estão menos ativos e podem necessitar de assistência. Os serviços de apoio básicos são transporte, alimentação e limpeza/manutenção. Os habitantes destes lugares pagam esses extras como serviços adicionais.

3) Instalações de vida assistida. Neste formato, os moradores podem exigir assistência adicional em atividades diárias, mas não requer suporte de enfermagem. Atividades de apoio podem variar de tomar banho e vestir-se apoio nas atividades diárias.

4) Instalações de enfermagem qualificada. Estas áreas incluem a reabilitação e cuidados de suporte 24 horas. Geralmente eles têm ligações mais fortes com os serviços médicos e muitas vezes têm pessoal médico no local. Eles podem ser independentes ou ligados a algum complexo hospitalar.

5) Instalações de aposentadoria com suporte: Nestes tipos de projetos são oferecidos todos os serviços em mesmo lugar. Isso permite que a transição entre as fases da vida mais sutil e menos impactante sobre o residente.

No Canadá até mesmo alguns lares de idosos que estão oferecendo espaço de aluguel para os jovens, que recebem descontos no aluguel para fazer companhia para idosos moradores.

Em um futuro muito próximo, o tema que se refere ao envelhecimento terá enormes oportunidades com diferentes equações para o mercado imobiliário.

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