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Ponte do Guaíba é principal obra rodoviária do Brasil

Complexo viário em Porto Alegre-RS começou a ser construído em 2014 e previsão é de que seja inaugurado em 2020

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Principal obra rodoviária em execução no país sob a jurisdição do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), o novo complexo viário sobre o rio Guaíba, em Porto Alegre-RS, atingiu 83,5% de execução no mês de abril de 2019. A obra tem orçamento aproximado de R$ 1 bilhão e, ao todo, já foram investidos cerca de R$ 668 milhões no empreendimento, iniciado em outubro de 2014. A travessia amplia a interligação da região metropolitana de Porto Alegre com o sul do Rio Grande do Sul, sem as interrupções que ocorrem diariamente na ponte Getúlio Vargas, que possui vão móvel e está em operação desde 1958.

Com previsão de inauguração em 2020, o complexo terá extensão de 12,3 quilômetros, com um total de 5 quilômetros de trecho em aterro e 7,3 quilômetros em obras de arte especiais (ponte sobre os canais navegáveis, ponte elevada, viadutos e alargamento da ponte conhecida como Saco da Alemoa). Com 28 metros de largura nos vãos principais, a pista contará com duas faixas de rolamento com acostamento e refúgio central. A previsão do DNIT é de que 50 mil veículos utilizem as novas estruturas diariamente.

A obra atravessa o parque estadual Delta do Jacuí, considerada área de preservação ambiental, o que demanda atenção especial durante a execução. A opção da engenharia foi construir os pilares sobre a água. Já as aduelas para montar o tabuleiro foram pré-fabricadas no próprio canteiro. A estrutura elevada vai permitir que a fauna e a flora nativas não sejam isoladas pelo complexo rodoviário. Outro desafio está relacionado com a realocação de 450 famílias. A expectativa é de que essa etapa seja concluída ainda em 2019.

Previsão é de que obra consuma 170 mil m³ de concreto de alta resistência

Pelo projeto aprovado na licitação que definiu o consórcio responsável pela obra foi previsto o uso de 170 mil m³ de concreto de alta resistência, além de 17.600 toneladas de aço. Outro número que exprime o tamanho do empreendimento é o que envolve a contratação de mão de obra pelas empreiteiras Queiroz Galvão e Engevix. Mais de 2.000 operários atuam na construção do complexo rodoviário em Porto Alegre-RS. Metade trabalha no canteiro Industrial localizado em Canoas-RS, onde ocorre a fabricação das peças pré-moldadas. São 15.250 ao todo, entre estacas, blocos, vigas, pilares, aduelas e guarda-rodas.

Para a produção dos elementos há o emprego de 50,4 mil m 3 de concreto e 6,2 mil toneladas de aço, além de 1,2 mil tonelada de cordoalhas (cabos de aço). As peças pré-moldadas têm pesos variando de 2,6 toneladas (guarda-rodas) a 100 toneladas (aduelas). Para facilitar o transporte até o local da obra, o consórcio optou por trabalhar com dois modais: carretas pranchas e dollys para os trechos em terra e balsas para as obras em área fluvial.

Nove embarcações transportam matérias-primas, estruturas e equipamentos, além de trabalhadores. As balsas têm estrutura apropriada para que os trabalhadores possam executar as atividades de fundação de estacas, montagem, concretagem, deslocamento de cargas e construção dos pilares. O serviço por via fluvial também reduz o volume de caminhões nas ruas que circundam o complexo viário.

Veja em que estágio se encontra a obra:


Fonte: Massa Cinzenta

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