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Preços dos imóveis residenciais novos sobem 16,25% em 2022

Aumento médio foi de 21,09% na capital paulista, segundo o IGMI-R da Abecip

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Rafael Marko, Sinduscon. Os preços dos imóveis residenciais novos, pesquisados em dez capitais do país, cresceu 1,25% em dezembro, acumulando uma elevação de 16,25% em 2021. Os dados são do IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial) da Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). 

Desde o início da série histórica do indicador em 2015, essa é a primeira sequência de dois anos consecutivos de ganhos reais dos preços dos imóveis residenciais, tomando por base o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Esse desempenho do IGMI-R nacional é marcado por uma considerável heterogeneidade entre as dez capitais analisadas pelo indicador. O destaque regional da recuperação dos preços dos imóveis residenciais durante todo o período foi São Paulo, única entre as capitais a apresentar ganhos reais já em 2019. 

Os preços em São Paulo se elevaram 1,45% em dezembro, acumulando 21,09% em 2021. Na sequência, os maiores aumentos anuais foram registrados em Brasília (16,79%), Rio de Janeiro (16,75%), Curitiba (13,68%), Porto Alegre (12,61%), Goiânia (12,29%) e Salvador (11,26%) – todos acima da variação do IPCA. 

Abaixo do indicador de inflação, no acumulado de 2021 registraram aumentos de preços Belo Horizonte (8,24%), Fortaleza (7,83%) e Recife (6,70%), que mesmo assim vêm acompanhando a tendência geral de elevação dos preços nominais dos imóveis residenciais nos últimos três anos. 

Os maiores aumentos em dezembro, na comparação com novembro, aconteceram em Goiânia (1,66%), Belo Horizonte (1,55%), São Paulo (1,45%), Brasília (1,36%) e Rio de Janeiro (1,31%). Abaixo da variação do IPCA, registraram elevações Fortaleza e Recife (0,81%), Salvador (0,56%), Curitiba (0,50%) e Porto Alegre (0,48%). 

O início da série histórica do indicador em 2015 foi marcado pelo ajuste de preços dos imóveis residenciais abaixo das variações do IPCA, na esteira da recessão iniciada em 2014. A recuperação gradual dos valores nominais iniciada em 2018 termina com perdas reais praticamente nulas ao final de 2019. Os ganhos reais a partir de 2020 diminuem de ritmo com a recessão causada pela pandemia e a elevação do IPCA, mas são retomados ao longo de 2021. 

Na análise da Abecip, apesar da nova onda da pandemia, a atividade econômica tem mostrado capacidade de adaptação, ao contrário do contexto da onda anterior, antes do início do processo de imunização. Em contrapartida, a lenta recuperação da massa salarial real e o encarecimento do crédito decorrente da dinâmica da política monetária continuam impondo desafios ao ambiente dos investimentos em geral e à evolução dos preços das edificações residenciais nos próximos meses. 

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