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Modelos de projetos tridimensionais e a quantificação dos projetos

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New modern project of building with crane

Modelos de projetos tridimensionais servem de ferramenta para reduzir um dos grandes problemas da elaboração de orçamentos: a quantificação dos projetos

New modern project of building with crane

As maiores distorções de orçamento não são erros de orçamentação, de cálculo de valores ou de pesquisa. O problema maior está na quantificação, a tradução do projeto que chega na construtora em quantidade de material que será necessário à obra. Para quantificar, é preciso somar o conhecimento do projeto com o da arte da engenharia, ter uma visão tridimensional. Muitos profissionais tiveram contato com esses conceitos nas faculdades, mas isso acaba se perdendo.

Por quê?

Por falha de conhecimento, deficiência na formação ou pouco uso desses conceitos no dia a dia do trabalho. Até hoje, há construtora que levanta as quantidades abrindo a planta e usando o escalímetro para calcular as dimensões da edificação. É um sistema manual! Os orçamentos ficam com imprecisões de medição, de escala, de detalhamento.
A entrada do CAD e a evolução das planilhas melhoraram a precisão. Saiu o escalímetro e entrou a leitura eletrônica. A melhoria de tempo foi de uns 30% e a precisão ficou em torno de 80%. O problema é que a leitura em CAD é em duas dimensões, largura e profundidade. A terceira dimensão, a altura, é só uma indicação. Fica a critério da interpretação de cada levantador.

Com a a evolução da leitura em 3 dimensão , e, a soma do desenho em 3D ao quantitativo.” O que se desenha é o que se levanta” . Tem sido possível elaborar eletronicamente todo o levantamento de quantidade. A precisão sobe para 95% e o tempo de quantificação baixa em 80%.

É verdade que para estes fluxos de informação ter sua produtividade há um aprimoramento no nível de organização bastante mais aprimorada.

Não é só da construtora, é também de todos os projetistas envolvidos na obra, que precisam entregar informações detalhadas. Projetos devem ser todos em meio eletrônicos e compatíveis entre si , o sistema de cotação, de orçamento precisam estar informatizados , o retorno das informações de suprimento tem importância na informação de preços de insumos. O arquiteto se torna figura essencial. Ele precisa produzir projetos detalhados e compatíveis com o sistema de quantificação, e passa a fazer a compatibilização de todos os sistemas.

Em construtora que tem o conceito de usar profissional sem experiência, para fazer o orçamento, como se fosse apenas fazer contas terá um resultado bastante desagradável .Quando é usado quantificação tridimensional, O profissional de custo tem elementos para ver a edificação com detalhes e pode, a partir disso, propor alternativas para reduzir os custos. Mas, só é possível quem tem experiência de obra.

Considero fundamental a construtora colocar o sistema de quantificação dentro de seus padrões. O canteiro de obras passa para o departamento de orçamentação quais os níveis de consumo praticados no canteiro para cada sistema construtivo. Juntando as informações dos diversos canteiros, é possível montar um sistema de composição unitário da empresa.

Hoje ainda há resistência na implantação do quantitativo em 3d.

Há ainda muito desconhecimento desta tecnologia. Muitas construtoras fazem quantificação com CAD e Excel. Como há programas de computador envolvidos no processo, já acham que o orçamento está informatizado. Mas acabam esquecendo de informatizar o levantamento de quantidade.

Atualmente existe tecnologia de programas e implantações que tem demonstrado a assertiva na opção das quantificações utilizando da tecnologia de 3D, tenho confirmado grau de precisão tem sido de 90 a 95% em relação aos projetos.

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Exemplo de imagem em 3d
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Exemplo de imagem para quantificação
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Exemplo de imagem para quantificação
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Exemplo de relatório de quantificação por software de 3d

“Embora não haja números consolidados e as pesquisas nem sempre sejam comparáveis, estudos indicam ganhos consideráveis na assertividade e acuidade dos projetos, com impactos positivos no  controle de custos e prazos, bem como na qualidade da solução de projeto. E, como mostra, aqueles que investiram em BIM julgaram isto compensador”

Fonte: guia6 Implantaçãode Processo de BIM ..autor GDP para ABDI e MIC ( 2017)

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Engenheiro civil formado pela Universidade Mackenzie em 1967, trabalhou inicialmente como engenheiro de obras e diretor de construtora; especializou-se na área de gestão de empresas de construção. Em 1984, fundou o SBD (Sistema Badra de Dados & Associados, escritório do qual é diretor até hoje) para prestar consultoria em elaboração de orçamentos de obras com uso da informática. Na década de 1990, foi coordenador e diretor da divisão de informática do Instituto de Engenharia. Atualmente, é um dos principais defensores do uso do BIM (Build Information Modeling, sistema em que o levantamento de quantidade é feito com base em desenhos tridimensionais) no Brasil. Em 2014 a 2017 Assessor da Presidência no Instituto de Engenharia para assuntos de BIM,Coordenou mis de 70 palestras sobre BIM na Engenharia, Palestrante sobre Orçamento com uso de BIM.2015 Reconhecido pelo IBEC e acreditado por International Cost Engineering Council, como Notório Saber em Engenharia de Custo .Tendo em seu acervo mais de 4 milhões de m² de obras orçadas.

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