Tem assunto que parece peão-nó-cego. Se esconde no meio dos outros e você nunca o percebe. Este, sobre a competência de quem lança o concreto da estrutura, é um deles.
Proponho mudança e sempre tenho conseguido fazer diferente com mais assertividade. No tempo do guaraná de rolha, o concreto era produzido na obra, pela “equipe do concreto”, formada por pedreiros e ajudantes; a forma e armação era com a “carpintaria”, formada por carpinteiros e armadores. A matéria prima era tábua de pinho e o aço vinha em barras de 12 metros.
Estas duas especializações eram muito valorizadas devido o conhecimento envolvido. Tudo era resolvido na obra, entre os carpinteiros e os armadores. Aqui se formavam os mestres e daqui saíram as empresas de forma de painel batido.
O fornecedor do aço passou a entregar a armadura pronta e a concreteira substituiu a “equipe do concreto”. Substituiu parcialmente, porque não levou a turma de espalhamento e a largou pagã no canteiro. Esta era e continua sendo a equipe mais desqualificada no processo.
Este problema foi transferido para a “Carpintaria”, mas continuou sendo o patinho feio. Vieram as bombas e as coisas mudaram nas aplicações das pequenas obras de periferia, mas as construtoras não perceberam. Chegaram os “Place-boom” para alinhar o assunto, mas também ainda não provocou o mercado das construtoras.
A competência de lançar o concreto da estrutura é da concreteira. À ela compete o trabalho de concretagem, que envolve a produção, entrega bombeamento, coordenação e o espalhamento, totalizando o processo. E seja por questão legal, para a definição da responsabilidade, ou por questão de qualidade, de gestão ou outro motivo qualquer, esta é a lógica.
E o canteiro é um monumento ao pensamento lógico!