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O desafio do RH na contribuição dos resultados

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Em minha experiência corporativa, tive o privilégio de visitar várias empresas de vários setores diferentes, onde meus contatos eram muitas vezes realizados junto às áreas financeiras e de alta direção, levando-me a ter contatos com gerentes, superintendentes, diretores e presidentes, o que foi bastante importante no desenvolvimento do profissional que sou hoje.

Atualmente, no meu universo de treinamentos e de Coaching, tenho contato direto com diversos profissionais de diversas áreas, mas, normalmente junto às empresas, o primeiro caminho tem sido com a área de RH, a qual considero como uma das mais importantes das organizações por lidarem diretamente com “pessoas”.

Nesses novos caminhos que somam à minha experiência atual, tenho percebido notoriamente diferenças da área financeira e comercial das empresas, no que tange a contribuição de resultados e importância dada, quando comparadas à área de Recursos Humanos. Um conflito de identidade e importância, seja dos próprios profissionais, que em grande parte ainda agem como “departamento pessoal” e não se reposicionam internamente, onde poucos já entenderam essa necessidade e se movimentam para esse novo cenário, seja também dos próprios presidentes e diretores, que não conseguem enxergar o RH como uma área estratégica e extremamente importante, no que tange a somar realmente nos resultados pretendidos das organizações.

Nesse sentido, faz-se extremamente necessário que os líderes de RH comecem, de fato, a se prepararem melhor para se posicionarem como parte real dos resultados dentro das organizações. Sugiro, antes de mais nada, que procurem saber aonde sua organização, independente do tamanho, independente se é familiar ou não, pretende chegar em seus objetivos até o final do ano vigente, qual o faturamento que espera superar, quais os resultados líquidos pretendidos, o ebitda esperado, se tem algum investimento da organização previsto, se existe alguma redução ou aumento de quadro, qual participação de mercado, se terá aumento de produtos e serviços, questões de sucessões, governança corporativa, ou seja, a sugestão é que o líder de RH vá mais além, busque entender a operação, os números e, principalmente, seja mais estratégico. O presidente e/ou o diretor da organização só dará mais ouvidos ao líder de RH quando, de fato, o mesmo falar a linguagem da empresa, dos números, e, principalmente, quando perceber sua contribuição clara e direta nos resultados esperados.

Há até um interesse de evolução dos executivos de RH, seja na contratação de melhores profissionais, seja nas avaliações de competências internas, seja na retenção de talentos, na busca de um melhor clima organizacional, numa maior importância de treinamentos, na melhora da logística interna em suas operações, seja na melhora de gestão como um líder de RH, inclusive, em um melhor líder de pessoas, entretanto, o grande desafio é sair da subjetividade, alinhando as informações sugeridas, conseguindo medir todas essas ações com evoluções numéricas, com métricas, com reais contribuições, para que possam se aproximar da linguagem dos acionistas, para poderem provar a importância e valor dessa área e conquistarem, num momento de tanta retração, seus pleitos vis à vis retorno em cada proposta apresentada.

O que foi citado neste breve artigo já é de ciência de muitos executivos de RH, porém a maioria precisa ir para a prática, para ação, através de um planejamento estratégico do líder de Recursos Humanos, sem perder a identidade e um olhar mais profundo de sua contextualização situacional dentro da empresa, visando ampliação da carreira e de conhecimentos e, principalmente, conseguindo fazer a tradução e o link de pessoas para números, sem perder em nenhum momento a essência de “pessoas” para pessoas, para que se aproxime o mais perto possível de entendimentos e reconhecimentos junto aos resultados qualitativos e “numéricos” conquistados pela sua empresa. Ademais, acredito fortemente que da mesma forma que houve uma evolução do pessoal da contabilidade para ampliação em finanças, da computação para TI, a área de recursos humanos em breve estará em outro patamar estratégico dentro da maioria das organizações.

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