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Robôs montam armaduras para estruturas de concreto armado

Máquinas conseguem dobrar os vergalhões e encaixar as gaiolas; aos homens, cabe apenas fazer as amarrações


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O resultado é uma economia de custo e tempo que pode equivaler a 1 milhão de dólares a cada edifício com mais de 30 pavimentos.

Uma startup de Nova York, nos Estados Unidos, encontrou o que pode ser definido como a melhor solução para que homens e robôs possam atuar em parceria no canteiro de obras. A empresa programou máquinas para montar armaduras de aço usadas em estruturas de concreto armado. Os robôs conseguem dobrar os vergalhões e estruturar as gaiolas; aos homens, cabe apenas fazer as amarrações.

Para os inventores, o processo de automação torna a produção de concreto armado mais rápida e segura. “Esse é um trabalho árduo para os seres humanos, mas é exatamente o tipo de trabalho para o qual os robôs foram preparados: pegar materiais pesados e movê-los com precisão. Adaptamos os braços automatizados de robôs industriais para que eles façam movimentos sob medida e montem as armaduras”, explicam Ian Cohen e Daniel Blank. 

As máquinas atualmente conseguem montar armaduras com até 7 metros de comprimento. Porém, os engenheiros trabalham no aperfeiçoamento da automação e avaliam que, em breve, chegarão a montar armaduras de 15 metros. Os inventores também afirmam que a evolução das máquinas permitiria que o homem fosse dispensado da tarefa de amarração, mas asseguram que não é esse o objetivo.

O campo de testes dos robôs acontece em Nova York mesmo. “Construtoras que empreendem na cidade requisitam as máquinas e nós as levamos até os canteiros de obras. Isso é bom que ocorra em Nova York, pois minimizamos as demandas logísticas e o transporte de longa distância”, diz Ian Cohen, que constatou que as empresas que solicitam o auxílio das máquinas são aquelas que mais sofrem com a escassez de mão-de-obra na construção civil – um problema que cresce nos Estados Unidos.

Novos parceiros investem 3 milhões de dólares para expandir a tecnologia

Na linha de produção, os empreiteiros que fazem parceria para utilizar os robôs têm gostado do custo-benefício. Além de reduzir pela metade os gastos com mão-de-obra, eles veem aumentar a produtividade em 5 vezes na montagem das armaduras. O resultado é uma economia de custo e tempo que pode equivaler a 1 milhão de dólares a cada edifício com mais de 30 pavimentos.

Em outubro de 2019, a Toggle – criadora dos robôs e com sede no bairro do Brooklyn, NY – anunciou que captou de novos parceiros a quantia de 3 milhões de dólares para expandir sua equipe e desenvolver a tecnologia robótica para montar armaduras de aço. O grupo Point72 Ventures, o bilionário norte-americano Mark Cuban e a VC Twenty Seven Ventures se tornaram sócios da startup. “A urbanização global está impulsionando a demanda por arranha-céus. Na Toggle, acreditamos que parte da solução para a entrega desses projetos será através da alavancagem da robótica e da automação para multiplicar a produtividade da mão-de-obra”, diz Daniel Blank.

O objetivo dos novos parceiros é levar os robôs-armadores para as indústrias que atuam com estruturas pré-fabricadas de concreto. “A construção civil está passando por uma ampla evolução, com a pré-fabricação ampliando sua fatia, desde casas a edifícios comerciais e pontes. Esses clientes enxergam nos protótipos desenvolvidos pela Toggle a oportunidade de quintuplicar a produtividade”, avalia Ian Cohen.


Fonte: Altair Santos, Massa Cinzenta

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