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Vendas de imóveis caem em setembro na cidade de São Paulo

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, foram comercializadas 47.008 unidades de imóveis, resultado 43,6% acima do apurado no mesmo período de 2020 (32.735 unidades)

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Nos primeiros nove meses do ano, foram lançadas 49.563 unidades, alta de 87,2% em relação ao volume apurado no mesmo período de 2020.

Rafael Marko, Sinduscon-SP. Um total de 5.089 unidades residenciais novas foi vendido em setembro na cidade de São Paulo, uma queda de 23% em relação a agosto (6.611 unidades) e 1,1% abaixo das 5.147 unidades comercializadas em setembro de 2020.

O resultado apurado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) interrompeu o crescimento sequencial das vendas registrado desde dezembro de 2020. Mas, mesmo com a variação negativa, o número de unidades comercializadas foi o segundo maior da série histórica para o mês, ficando atrás somente de setembro do ano passado (5.147 unidades).

“Alguns fatores influenciaram esta acomodação do mercado imobiliário, como o aumento das taxas de juros dos financiamentos imobiliários e do IPCA, que mede a inflação e chegou a 10,25%”, destaca Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, acrescentando como outro fator a interrupção das discussões das reformas administrativa e tributária no Congresso Nacional.

Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP, afirma que, apesar do aumento da inflação e da taxa básica de juros, “o setor imobiliário tem resiliência suficiente, assim como os adquirentes. O mercado vai se adaptar aos novos cenários e continuará ativo, porque é grande a demanda por habitação, porém com intensidade menor”. Ele também destacou que a expectativa menor de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) “também vai impactar o nosso setor e muitos outros durante 2022”.

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, foram comercializadas 47.008 unidades, resultado 43,6% acima do apurado no mesmo período de 2020 (32.735 unidades).

No acumulado de 12 meses até setembro, as 65.690 unidades comercializadas representaram um aumento de 32,1% em relação ao mesmo período anterior, quando foram negociadas 49.715 unidades.

Lançamentos

A cidade de São Paulo registrou no mês de setembro o lançamento de 7.766 unidades residenciais, volume praticamente estável (0,2%) em relação ao resultado de agosto (7.749 unidades), e 24,5% superior ao apurado em setembro de 2020 (6.238 unidades).

Nos primeiros nove meses do ano, foram lançadas 49.563 unidades, alta de 87,2% em relação ao volume apurado no mesmo período de 2020.

No acumulado de 12 meses (outubro de 2020 a setembro de 2021), os lançamentos na capital paulista somaram 83.065 unidades, ficando 46,6% acima das 56.646 unidades lançadas no período anterior (outubro de 2019 a setembro de 2020).

VGV e VSO

O VGV (Valor Global de Vendas) totalizou em setembro R$ 2,1 bilhões, resultado 25,4% abaixo do registrado em agosto (R$ 2,9 bilhões) e 38,7% inferior ao volume de setembro de 2020 (R$ 3,5 bilhões) – valores atualizados pelo INCC-DI de setembro de 2021. Esta queda deve-se à diminuição, no mês passado, das vendas de imóveis de 3 e 4 dormitórios.

O indicador VSO (Vendas Sobre Oferta), que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas, atingiu 9,1% em setembro, ficando abaixo do resultado do mês anterior (12,1%) e do registrado em setembro de 2020 (13,9%).

O VSO de 12 meses até setembro foi de 57,2%, ligeiramente abaixo dos 58,6% do período imediatamente anterior e dos 59,9% do acumulado de outubro de 2019 a setembro de 2020.

Oferta 

A capital paulista encerrou o mês de setembro com a oferta de 51.078 unidades disponíveis para venda. A quantidade de imóveis ofertados aumentou 6% em relação a agosto (48.198 unidades) e ficou 60,6% acima do volume de setembro de 2020 (31.800 unidades). Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses até setembro.

No mês passado, o VGO (Valor Global da Oferta) totalizou R$ 27,5 bilhões, resultado 5,5% superior ao de agosto (R$ 26,1 bilhões) e 48,1% acima do de setembro do ano passado (R$ 18,6 bilhões) – valores atualizados pelo INCC-DI  de setembro.

Destaques

Os imóveis de 2 dormitórios destacaram-se em setembro em quase todos os indicadores: vendas (2.911 unidades), oferta (27.890 unidades), lançamentos (4.278 unidades), maior VGV (R$ 868,2 milhões) e maior VGO (R$ 9,4 bilhões). Unidades de 1 dormitório registraram maior VSO (9,8%), resultado das 1.711 unidades comercializadas em relação aos 17.532 imóveis ofertados.

Imóveis na faixa de 30 m² e 45 m² de área útil lideraram em todos os indicadores: vendas (2.887 unidades), VGV (R$ 708,7 milhões), lançamentos (3.614 unidades), oferta (24.426 unidades), VGO (R$ 6,0 bilhões) e maior VSO (10,6%).

Por faixa de preço, os imóveis com valores entre R$ 240 mil e R$ 500 mil lideraram em quase todos os indicadores: vendas (2.233 unidades), lançamentos (3.889 unidades), maior VSO (11,5%) e maior VGV (R$ 682,6 milhões). Imóveis com preços até R$ 240 mil apresentaram os melhores indicadores de oferta final (20.546 unidades). Unidades com preços acima de R$ 1,5 milhão registraram maior VGO (R$ 9,4 bilhões).

Imóveis de 2 dormitórios representaram 57% do total de vendas no mês. O mesmo percentual de 57% foi registrado na comercialização de unidades com área entre 30 m² e 45 m². Já os apartamentos com preços na faixa de R$ 240 mil a R$ 500 mil representaram 44% das vendas.

Em setembro, a região Sul liderou em todos os indicadores: vendas (1.688 unidades), VGV (R$ 1,05 bilhão), maior VGO (R$ 12,1 bilhões), maior quantidade de imóveis em oferta (19.651 unidades) e lançamentos(2.482 unidades). O maior VSO (11,2%) foi da zona Oeste.

Econômicos e MAP

Em setembro, 2.590 unidades vendidas e 2.544 unidades lançadas foram enquadradas como econômicas nos critérios do Programa Casa Verde e Amarela. A oferta desse tipo de imóvel totalizou 23.037 unidades disponíveis para venda, com VSO de 10,1%.

No segmento de mercado de médio e alto padrão (MAP), a pesquisa identificou 2.499 unidades vendidas, 5.222 unidades lançadas, oferta final de 28.041 unidades e VSO de 8,2%.

Imóveis econômicos responderam por 50,9% das vendas em unidades e participaram com 24,8% de VGV (Valor Global de Vendas).

Perspectivas mantidas

Os resultados do mês de setembro não alteraram as perspectivas do Secovi-SP de fechamento deste ano, com lançamentos entre 70 mil a 72 mil unidades – equivalente ao crescimento de 17% a 20% em relação aos números de 2020. Ainda, a expectativa é que as vendas fiquem entre 62 mil a 65 mil unidades, uma variação de 21% a 26%.

No mês, foram lançadas 7.766 unidades, pequena variação de 0,2% em relação aos lançamentos de agosto (7.749 unidades), mas 24,5% superior quando comparado às 6.238 unidades lançadas em setembro do ano passado.

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