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Atividade da construção recua em fevereiro, segundo a CNI

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Rafael Marko, Sinduscon-SP – O nível de atividade da construção em fevereiro voltou a apresentar recuo, assim como aconteceu nos últimos três meses. Entretanto, no segundo mês do ano, a queda foi menos intensa do que a registrada em janeiro e também inferior à média para o período.

Este é um dos resultados da Sondagem da Construção da CNI (Confederação Nacional da Indústria), com informações de 357 empresas, sendo 142 pequenas, 143 médias e 72 grandes, coletadas entre 1º e 9 de março. A pontuação vai de 0 a 100, denotando confiança ou aumento a partir de 50.

O índice de evolução do nível de atividade do setor ficou em 46 pontos em fevereiro, revelando queda em relação a janeiro. Usualmente, a queda costuma ficar abaixo de 50 pontos em fevereiro. Apesar de ficar inferior aos 48,2 pontos registrados em fevereiro de 2022, o indicador do mês passado é maior do que a sua média histórica para o mês, indicando que a queda foi menos intensa e disseminada do que a registrada em anos anteriores.

O índice de evolução do número de empregados ficou em 47,6 pontos em fevereiro, denotando queda do número de trabalhadores – recuo que costuma ser observado no período. Ela foi mais intensa e disseminada que no ano passado, mas menor do que a usual para o período, tendo sido superior à média histórica para o mês, de 44,9 pontos. 

Ligeiro recuo na confiança

O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (Icei-Construção) recuou 0,6 ponto em março de 2023, revertendo parte da alta do mês anterior, de 2,1 pontos. Mesmo assim, o índice ficou em 51,1 pontos, mostrando a manutenção da confiança dos empresários do setor.

O recuo do indicador decorreu da avaliação das condições atuais, que se tornou mais negativa. O Índice de Condições Atuais passou de 47,4 pontos, em fevereiro, para 45,8 pontos, em março. A percepção de piora das condições correntes de negócio se tornou mais intensa e disseminada entre os respondentes.

Já o Índice de Expectativas manteve-se estável no período, em 53,8 pontos, denotando otimismo em relação aos próximos seis meses. De modo geral, as expectativas do empresário mostraram acomodação em março, após altas significativas ocorridas na passagem de janeiro para fevereiro.

De acordo com a CNI, nos últimos meses, tanto a avaliação das condições correntes como as expectativas são mais positivas quando se avalia a empresa, e mais negativas quando se avalia a economia brasileira.

Expectativas de desempenho

Mesmo com as quedas, os índices se mantêm acima da linha divisória, apontando que o empresário da construção permanece moderadamente otimista, com expectativa de crescimento do nível de atividade, do lançamento de novos empreendimentos e serviços, das compras de matérias-primas e do número de empregados.

O índice de expectativa do nível de atividade recuou 0,5 ponto em março, para 54,3 pontos, após alta de 5,2 pontos em fevereiro. O índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços, por sua vez, recuou 1,2 ponto, para 52,2 pontos e, em fevereiro, havia crescido 5,5 pontos.

Já o índice de expectativa de compra de insumos e matérias-primas caiu 2,3 pontos em março, para 52,1 pontos, após alta de 4,9 pontos em fevereiro. O indicador de expectativa de número de empregados caiu 0,8 ponto, para 53,4 pontos, após alta de 5,2 pontos em fevereiro.

Intenção de investir

O índice de intenção de investimento da indústria da construção avançou 0,6 ponto na passagem de fevereiro para março de 2023, para 45,3 pontos. A alta ocorre após crescimento de 6,2 pontos no mês anterior, que, por sua vez, havia interrompido sequência de quatro quedas consecutivas. O resultado amplia a distância do índice em relação à média histórica, de 36,6 pontos.

Utilização da capacidade

A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) caiu um ponto percentual entre janeiro e fevereiro de 2023, para 65%. O percentual é o mesmo de 2022, ano positivo para o setor. A UCO de fevereiro de 2023 é muito superior à média histórica para o mês, de 61,9%, o que demonstra que o setor segue com o seu patamar de atividade relativamente elevado.

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