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Casas pré-fabricadas reduzem custo e tempo de obras

Construídos em madeira ou aço galvanizado, imóveis ficam prontos em dias

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Ana Paula Branco, Folha de S. Paulo – A Prefeitura de São Paulo anunciou a disponibilização de casas modulares para moradia provisória de pessoas em situação de rua. O tipo de habitação, porém, vai muito além do provisório. Empresas brasileiras estão apostando na cultura europeia de casas pré-fabricadas e modulares para o varejo.

A Tenda lançou a startup Alea para se dedicar à construção de casas em condomínio fechado para habitação popular em cidades do interior de São Paulo.

“Casas representam em torno de 70% da demanda potencial do mercado de incorporação no Brasil e praticamente nenhuma incorporadora está focada em casa. A nossa estratégia é solucionar esse paradoxo por meio da industrialização da construção civil”, afirma Luiz Maurício Garcia, CFO e diretor de RI da Tenda.

O modelo utilizado pela Alea é construção off-site com tecnologia wood frame. Neste tipo, a casa é construída com placas de madeira em uma fábrica e transportada ao canteiro de obra apenas para montagem e acabamento.

“Com essa tecnologia, conseguimos oferecer produtos para famílias do segmento de entrada e um produto com qualidade superior: são casas não geminadas, com um ótimo isolamento acústico e térmico em espaços arborizados”, diz Garcia.

“Além do projeto utilizar uma tecnologia superior, que já é reconhecida em países de primeiro mundo, o produto está sendo oferecido para uma parcela da população que até então não tinha acesso a esse tipo de moradia”, afirma o diretor executivo da Alea, Marcelo Melo.

A tecnologia wood frame foi criada nos Estados Unidos, que, hoje, aplicam o modelo em quase todas as suas construções. A técnica possibilita a construção de casas com até cinco pavimentos e tem entre suas vantagens a rapidez na entrega da obra e o menor custo em comparação com a construção em alvenaria.

Por utilizar materiais pré-fabricados, leves e fáceis de transportar, uma casa pode ficar pronta em dois meses.

Até o momento, a Alea lançou seis projetos-piloto em Santa Bárbara d’Oeste, Iperó, Mogi das Cruzes, Leme, Araraquara e Itapetininga. A fábrica fica no centro de galpões logísticos Gran Floridian, na Rodovia Governador Adhemar de Barros (SP-340), tem 18 mil m² e maquinário importado de uma empresa sueca.

O preço de venda das unidades para o consumidor final varia de R$ 150 mil a R$ 200 mil, com subsídios de até R$ 47,5 mil pelo programa Casa Verde e Amarela.

As casas têm dois dormitórios, quintal privativo e vaga de estacionamento. O condomínio oferece as opções de casa térrea de 44 m² e 47 m² e os futuros moradores têm acesso a ampla oferta de itens de lazer, como churrasqueira, playground, espaço pet e fitness.

Segundo a construtora, estima-se que uma casa de woodframe da Alea reduza em 15 toneladas a pegada de carbono em comparação com uma casa de parede de concreto.

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