Guilherme Moser, Meio e Mensagem – Como observador, estudioso e apaixonado pela tecnologia e as formas que ela permeia nossa vida, peço licença para expor meus pensamentos e experiências especialmente sobre as casas inteligentes e os desafios da vida conectada.
Uma das áreas mais recentes onde a tecnologia entrou com força para o público consumidor foi a construção civil. As atuais casas conectadas, cada vez mais, precisam de espaços já pensados para tal. Anteriormente pela arquitetura e decoração, mas, mais recentemente, também o setor de construção.
Dutos para cabos de rede, fiação necessária (alô, fio neutro), medidores de energia, etc. Sem falar na infraestrutura do próprio prédio, com temas de aproveitamento de água da chuva, energia solar, carregamento de carros elétricos, entre outras novidades. Todos conhecemos a tese de que imóveis se valorizam com o tempo, porém aqueles que forem ficando pra trás no quesito tecnologia não acompanharão essa verdade.
Mas, afinal, do que se trata essa tal casa conectada? Lâmpadas inteligentes, sensores de presença, câmeras de segurança, fechaduras digitais… Reparem que não citei eletrodomésticos. A casa, em si, já pode estar totalmente conectada. Através dos assistentes inteligentes, como Alexa e Google Assistant, os moradores conseguem interagir com cada um desses equipamentos. Mas isso ainda não é uma tarefa fácil.
São diversos fabricantes, protocolos e possibilidades de interatividade diferentes entre cada um desses dispositivos. Você já deve ter ouvido falar em nomes como Zigbee, Tuya, Sonoff. Mas, cada vez mais, essas diferenças vêm caindo. Um novo padrão, chamado Matter, promete acabar com essas diferenças e fazer a Internet das Coisas da sua casa funcionar com facilidade e sincronia.
Ainda que cada vez mais fácil, não considero uma tarefa tão simples automatizar e transformar sua residência na famosa “casa inteligente”. Acredito que haverá ainda mais uma gama de profissionais nessa área, bem como considero que o mercado ainda engatinha no assunto. Não se trata apenas de ligar e desligar a luz com a voz. São gatilhos automatizados, como abrir a cortina todo dia de manhã, detectar fumaça na churrasqueira e ligar o exaustor e muito mais. Tudo isso podendo ter sua energia medida, além de sua eficácia comprovada.
Bem, mesmo que sua casa funcione com todos esses itens em uma rede local própria, ter a possibilidade de se comunicar a distância já não é mais um luxo. Ligar seu ar condicionado remotamente faz parte desse ecossistema. Portanto, é fundamental que sua residência possua uma conexão com internet confiável. Até mesmo os imóveis alugados por AirBNB, por exemplo, podem ser acompanhados por seus donos remotamente, evidentemente, dentro da privacidade. Esses imóveis, que tiverem essa inteligência, sem sombra de dúvidas, serão valorizados, tanto por novos inquilinos como por potenciais compradores. É muito interessante ver como a tecnologia combinada a dados, aprendizado de máquina e questões de privacidade vêm sendo aproveitados e desdobrados em mais um ambiente. Só que, agora, fora da sua tela de celular.
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