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Incorporadoras vendem mais e lançam menos no começo de 2023, informa Abrainc

Indicador Abrainc-Fipe, que considera 20 associadas da entidade, mostra a comercialização de 152,7 mil unidades entre fevereiro de 2022 e janeiro deste ano

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Foto: Marcelo Camargo/ABr.

Carlos Prieto, Valor – A construção civil começou o ano com vendas e entregas em alta, mas com menos lançamentos. As vendas de imóveis novos cresceram 7,7% nos últimos 12 meses até janeiro, segundo dados divulgados na manhã desta segunda-feira (17) pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O indicador Abrainc-Fipe mostra a comercialização de 152,7 mil unidades entre fevereiro de 2022 e janeiro deste ano. A pesquisa foi feita com 20 associadas.

O destaque foi o médio e alto padrão, que registrou a venda de 46,9 mil unidades, alta de 59,1%. Na outra ponta, a comercialização de imóveis enquadrados no Minha Casa, Minha Vida caiu 8,2%. No período de 12 meses terminado em janeiro foram 100,6 mil unidades vendidas. Somente em janeiro foram vendidos, no total, 9.336 novos imóveis, com alta de 1,3% em relação ao mesmo mês de 2022.

As entregas totais em 12 meses somaram 91,4 mil unidades, alta de 19,2%. Do total, 77,3 mil foram do programa habitacional. Já os lançamentos no período caíram 22,6%, com 120,9 mil novos imóveis. Nesse caso houve queda nos dois segmentos. No Minha Casa, Minha Vida a redução foi de 12,9%, com 80,1 mil unidades lançadas. No médio e alto padrão a queda foi de 37,6%, somando 39,8 mil unidades.

Luiz França, presidente da Abrainc, avalia que o setor continua crescendo, mas em velocidade menor do que nos anos anteriores, principalmente por conta das atuais taxas de juros. Medidas tomadas no segundo semestre do ano passado e o relançamento do Minha Casa, Minha Vida impulsionaram o segmento mais econômico. Já os lançamentos no segmento de médio e alto padrão tendem a se estabilizar, depois de um período de três anos (2020 a 2022) em que juros baixos e oferta maior de crédito ajudaram a puxar as vendas.

Entre as medidas defendidas pela Abrainc para estimular o setor, está a proposta de elevar de 65% para 70% a parcela de recursos da poupança para o crédito imobiliário. Outra sugestão apresentada pela entidade seria a dedução dos juros do financiamento imobiliário no imposto de renda do comprador do imóvel.

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