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MRV&Co está otimista com habitação popular e espera novidades no Minha Casa, Minha Vida neste mês

Copresidente reagiu com otimismo apesar do impasse sobre o aumento da remuneração do FGTS, que poderia reduzir o volume disponível para financiar o setor

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Ana Luiza Tieghi, Valor Econômico – A MRV&Co está “mais otimista do que pessimista” com os rumos da habitação popular brasileira, segundo Eduardo Fischer, copresidente da incorporadora, mesmo com o impasse sobre o aumento da remuneração do FGTS, que poderia reduzir o volume disponível para financiar o setor.

O ministro Nunes Marques pediu vista no julgamento da medida, no STF, no final de abril. “Há espaço para que essa decisão seja revista”, afirmou Fischer em teleconferência com analistas para comentar os resultados do primeiro trimestre, na sexta-feira (12/05). Segundo ele, o governo está alinhado com o pensamento do setor sobre o julgamento e seu possível impacto na habitação. Caso se decida pelo aumento da remuneração do fundo, Fischer analisa que “modulações” podem ser criadas para dar mais equilíbrio ao FGTS, ou medidas alternativas como complementar o funding com subsídio do governo.

Ainda de acordo com o executivo, o julgamento não deve afetar a divulgação de novas medidas do Minha Casa, Minha Vida. “A expectativa é ter novidades sobre o MCMV ao longo deste mês”.

A companhia aguarda um aumento no valor máximo das unidades que podem ser vendidas no programa, o chamado teto, e atualização na curva de subsídios, para reenquadrar na política habitacional as unidades que passaram a ser vendidas pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Ricardo Paixão, diretor-financeiro da holding, afirma que entre 35% e 45% do estoque da MRV está no SBPE. Desse total, metade poderia ser reenquadrado, principalmente em capitais do Nordeste, onde o descasamento entre o custo da unidade e o teto do programa está maior.

Essas cidades estão entre as que mais tiveram vendas da MRV entre janeiro e abril deste ano, segundo Rafael Menin, copresidente da companhia. Salvador (BA), Maceió (AL), Campo Grande (MS), São Luís (MA) e Cuiabá (MT) foram os destaques.

Fischer afirmou que a nova faixa 1 do programa, que vai abranger unidades de até R$ 170 mil, está em um valor “equilibrado”, mas que a estratégia da MRV ainda é de não operar no segmento. Porém, um volume maior de unidades na faixa inicial, com preço mais alto, pode atrair concorrentes de pequeno e médio porte da companhia, em cidades menores, deixando o caminho mais livre para a incorporadora nas faixas superiores. “Pode nos deixar em situação mais confortável nessas praças”, disse o executivo.

A MRV&Co atingiu R$ 1,8 bilhão em vendas líquidas no primeiro trimestre, alta de 4,3% sobre o início de 2022. A área de incorporação da empresa no Brasil, com as marcas MRV e Sensia, foi responsável por quase todo o volume vendido. A holding é composta ainda pela subsidiária americana Resia, a marca de prédios residenciais para locação Luggo e a loteadora Urba.

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