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Como preparar o currículo e o portfólio de um arquiteto?

Objetividade, atenção às palavras-chaves, foco em experiências e portfólio adequado à vaga pretendida são recomendações de contratantes e recrutadores. Confira 7 dicas para caprichar no CV e encarar os processos seletivos

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Cozza Comunicação – Vagas de emprego para arquitetos não são fáceis de encontrar, ainda mais quando se pretender atuar em um escritório de projeto. Por isso, ter um currículo bem-feito e um portfólio capaz de chamar a atenção dos contratantes são passos fundamentais.

A maioria absoluta das empresas de projeto de arquitetura no Brasil é composta por pequenos e médios escritórios, nos quais o processo de seleção costuma ser realizado com a participação direta do sócio titular.

Um bom desempenho acadêmico e uma eventual indicação auxiliam no processo, mas a análise do currículo e do portfólio costumam ser decisivas para avançar na seleção. Por isso, é bom ficar atento às recomendações de contratantes e recrutadores especializados na área. Selecionamos sete dicas para apoiá-lo:

1) Currículo e portfólio de acordo com a vaga e o contratante

Se você acha que disparar seu currículo para inúmeros escritórios de projeto e – o que é pior – para vagas de perfis distintos é uma boa ideia… triste informar que não é bem assim. Preparar o CV e o portfólio de acordo com as características da vaga pretendida é uma das principais dicas dos recrutadores. “Há uma diferença no enfoque a ser dado ao portfólio se a vaga for na área de criação e concepção ou se for, por exemplo, mais para detalhamento técnico e projeto executivo”, afirma a psicóloga Cláudia Domingos, responsável pelo LigaJobs, serviço especializado no apoio ao RH de empresas nas áreas de arquitetura e engenharia civil.

A diretora associada da aflalo & gasperini arquitetos, Flavia Marcondes, recomenda o formato A4 ou A3 para o portfólio digital, a inclusão dos principais projetos na qual o candidato tenha atuado, assim como alguns detalhes técnicos relevantes. “Projetos da faculdade, de autoria própria ou de participação efetiva na conceituação arquitetônica em outros escritórios são muito importantes para observamos o potencial criativo do profissional”, aponta Flavia, que recomenda também incluir o CV no próprio portfólio.

2) O que incluir e o que dispensar no CV

Não há uma regra universal, pois os contratantes são pessoas diferentes, com visões, preferências e percepções diversas. Há, entretanto, itens considerados prioritários e aqueles não obrigatórios ou, em alguns casos, dispensáveis. Importante: sempre avaliar as características da vaga e o perfil do contratante. Por exemplo: se a oportunidade almejada for em um escritório muito engajado em ações e iniciativas do terceiro setor, mencionar ações de voluntariado torna-se relevante. Feita a ressalva, confira tabela abaixo:

3) Cuidado com as palavras-chaves

Muitas seleções são realizadas, hoje em dia, com base em palavras chaves. Até quando os currículos são encaminhados por e-mail, é possível realizar pesquisas e utilizar filtros. Portanto, mesmo quando a seleção ocorre em pequenas ou médias empresas, é bom ter cuidado em incluir no CV palavras relevantes para o contratante, que podem ser alvo de buscas. Exemplo: se vaga pretendida for em um escritório famoso por elaborar projetos na área hospitalar, palavras relacionadas ao tema (hospital, saúde ou medicina) precisam aparecer no seu currículo. Tal cuidado pode evitar que você fique de fora da seleção final por esse ‘detalhe’ que ganha cada vez mais importância em tempos de bancos de dados, inteligência artificial etc.

4) Não exagere nas imagens no currículo

Como já foi mencionado no item anterior, palavras-chaves podem constituir a diferença entre estar dentro ou fora de um processo seletivo. Portanto, transformar o que poderia ser texto em uma imagem talvez não seja um bom negócio, mesmo que, do ponto de vista estético, o resultado seja mais interessante. Um exemplo: ao invés de mencionar os nomes dos softwares que opera, você decide aplicar o logotipo do desenvolvedor. A solução pode até ser mais agradável visualmente, mas pode prejudicá-lo em eventuais buscas ou filtros por palavra-chave. Além disso, a logomarca pode, simplesmente, não ser reconhecida. “Nas etapas iniciais de análise de currículos, o recrutador nem sempre é um especialista na área”, alerta Cláudia. “Uma informação relevante como essa pode passar batido e prejudicar o candidato”, completa a recrutadora.

5) Formação acadêmica: completa, mas objetiva

Item essencial em qualquer currículo, deve focar nos pontos principais da formação, tais como o nome da faculdade, curso, ano de conclusão, pós-graduação, mestrado etc. “Currículos longos, com muitas descrições, não costumam agregar muito”, afirma a arquiteta Flavia. “Mas aspectos relevantes, como cursos realizados, incluindo operação de softwares, programas de intercâmbio no Exterior e domínio de outros idiomas devem ser mencionados”, observa. Línguas estrangeiras podem ser descritas conforme o nível de proficiência: básico (compreensão leve), intermediário (conversação inicial), avançado (conversa bem, lê e escreve) ou fluente (domínio pleno do idioma).

6) Experiência profissional: centro das atenções

Aqui bate o coração de qualquer currículo. Trata-se da área mais examinada e avaliada. E, por isso mesmo, também deve primar pela objetividade e precisão. “Muito importante mencionar os programas com os quais tem experiência em trabalhar, escritórios onde atuou e por quanto tempo, projetos relevantes com as respectivas tipologias e áreas aproximadas”, ressalta Flavia. “Pontuando sempre a função e as atividades desempenhadas em cada projeto, para que tenhamos ideia da experiência profissional de forma bastante clara”, completa a diretora associada da aflalo & gasperini.

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7) Atenção às habilidades e competências valorizadas

Listamos abaixo alguns requisitos que costumam ser apreciados pelos contratantes de arquitetos em empresas de projeto. Salvo os itens mais objetivos, como o conhecimento em sistemas ou BIM, os demais não devem ser apresentados no currículo e/ou portfólio. Mas podem ajudar na reta final do processo seletivo. Importante: tais competências e habilidades não precisam ser mencionadas, de forma literal, nas entrevistas. O ideal é que sejam percebidas naturalmente pelos recrutadores. Confira:

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