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Cuidado com o custo de revestimentos divulgado por m²

Levar em consideração apenas o custo de revestimentos por m² pode não ser prudente devido ao desperdício. No entanto, isso também pode revelar novas possibilidades de reforma praticamente de graça

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Quando compramos revestimentos, normalmente sua unidade de comercialização é por m², ou seja, o preço que nos é mostrado é referente a 1m² do revestimento e não a uma caixa ou a um rolo do produto em questão. É necessário que façamos uma conversão de medidas para encontrarmos o custo de revestimentos de sua embalagem comercializável.

Assim, se comprarmos um porcelanato que custa R$ 10,00/m² e ele seja comercializado em caixas com 5m², pagaremos R$ 50,00 mesmo se precisemos de apenas 3m², pois não é possível abrir a caixa e comprar apenas a quantidade desejada. Nesse caso desperdiçaríamos 2m².

Quando o assunto é piso vinílico, a ordem de grandeza das embalagens comercializáveis pode variar muito mais. Podemos comprá-los em caixas ou em rolos. As caixas podem conter até cerca de 4m² de produto, enquanto que os rolos podem conter até cerca de 40m², variando de acordo com o modelo e o fabricante.

Diante dessas grandes variações na quantidade comercializável, levar em consideração apenas o custo por m² pode não ser prudente devido ao desperdício. No entanto, isso também pode revelar novas possibilidades de reforma praticamente de graça. Entenda melhor no exemplo abaixo, onde consideramos dois pisos vinílicos colantes, um em placas (comercializado em caixas) e o outro em manta (comercializado em rolo).

Na situação inicial, suponhamos a troca de piso numa sala de 15m².

Será considerado um percentual de 5% para perdas durante a instalação, fazendo com que a quantidade de piso necessária seja de aproximadamente 16m².

Aparentemente o piso A seria a opção mais barata por ter o menor custo por m². No entanto, não temos a opção de comprar apenas a quantidade desejada, pois só se vende o rolo inteiro, que tem 40m². Nesse caso o custo por m² iria para R$ 207,65, tendo em vista o desperdício de 24m².

Se sua intenção é optar pela escolha de menor custo, utilizar o piso B é a decisão mais econômica, apesar do custo/m² ser maior. Mas se você tem outras áreas a revestir, utilizar o piso A pode ser uma boa oportunidade de “já que”. Já que vai revestir a sala, você poderia revestir outros ambientes utilizando a totalidade do rolo do material em manta, que tem o menor preço por m².

Consideremos então, que além da sala de 15m², você também considere trocar o piso de dois quartos, cada um com 10m².

Nesse caso, você estará reformando mais dois ambientes com o custo um pouco maior que reformando apenas um. Não se esqueça de que o custo com mão de obra e outros produtos complementares aumentarão, mas ainda assim pode ser uma grande oportunidade!

Situações semelhantes também podem acontecer com outros produtos de reforma, como, por exemplo, na hora de escolher entre galões ou latas de tintas.  O custo de 3 galões de 3,6l é equivalente ao de uma lata de 18l. Pode ser mais interessante utilizar a embalagem mais econômica e pintar a casa toda quase de graça.


Fonte: Pró-Reforma

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Arquiteta e Urbanista pela (FAU/UFRJ + Universidade do Porto). Mestre em Engenharia de Produção (COPPE/UFRJ). Doutoranda em Arquitetura (PROARQ/UFRJ) Criadora da Pró-Reforma (www.pro-reforma.com), ferramenta de apoio à tomada de decisão em projetos da CUG Consultoria, startup residente da Incubadora de empresas da COPPE/UFRJ. Professora substituta do Departamento de Projeto de Arquitetura do curso de graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo UFRJ de 2016 a 2018, ministrando disciplinas de projeto de arquitetura, projeto executivo e projeto de interiores, além disciplina eletiva “relação teoria e prática”, com foco no custo das decisões arquitetônicas. Professora do programa de Educação Continuada do IAB/RJ – IAB Compartilha. Professora da plataforma de ensino a distância EstudeAE Profissional com experiência no desenvolvimento de projetos e no acompanhamento de obras de construção e reformas desde 2007, tendo ocupado o cargo de gerente de projetos na Mareines+Patalano Arquitetura, onde atuou de 2005 a 2013, tendo participação efetiva em todos os projetos desenvolvidos pelo escritório nesse período. Experiência na execução de obras de empreendimentos imobiliários de 2007 a 2009, com atuação no canteiro em todas as etapas de execução, desde as fundações até a entrega da obra. Vencedora do prêmio Arquiteto do Amanhã (IAB/RJ).

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