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Inflação e juros devem afetar ciclo de expansão do mercado imobiliário no 2º semestre

Apesar das dificuldades no curto prazo, investidores se mantêm confiantes com o futuro da construção civil no Brasil.

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Wesley Gonsalves, O Estado de S.Paulo. O mercado imobiliário terá de lidar com uma lista de pressões durante o segundo semestre de 2022. As eleições presidenciais, a alta na inflação, o aumento na taxa básica de juros e a continuidade da guerra na Ucrânia devem atrapalhar o ciclo de crescimento em que o setor se encontrava no País.

Apesar das dificuldades no curto prazo, investidores se mantêm confiantes com o futuro da construção civil no Brasil, conforme avaliam os especialistas no painel sobre Perspectivas Para o Mercado Imobiliário da 29.ª edição do prêmio Top Imobiliário, que é realizada pelo Estadão em parceria com a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).

Mediado pelo jornalista Circe Bonatelli, da Agência Estado, o encontro virtual teve a participação da  coordenadora de projetos da construção da FGV, Ana Maria Castelo, do  pesquisador da Fipe e sócio da Kognita, Eduardo Zylberstajn, e da  economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.

Com impacto direto nos financiamentos imobiliários, o ciclo de altas na taxa básica de juros do Banco Central é um dos pontos a partir de julho. Para a coordenadora de projetos da construção da FGV, o segmento de baixa renda deve ser o mais afetado, já que esse cliente é mais sensível aos repasses de custos. “As perspectivas de  continuidade desse ciclo de crescimento estão em xeque, sustentá-lo será bastante complicado”, avalia Ana Maria.

Pressões domésticas e externas

Na opinião da economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a confluência de pressões domésticas e do cenário de crise global pode reduzir o número de novos empreendimentos imobiliários. “Nos preocupa a questão dos juros e o arrefecimento que isso pode causar na economia tanto no segundo semestre quanto no começo do próximo ano”, comenta Ieda.

A proximidade das eleições presidenciais e o cenário de polarização também têm potencial para afetar os negócios. De acordo com os especialistas, independentemente dos resultados do pleito de 2022, o cenário de alta nos juros básicos só deve ser suspenso no fim do ano. “Seja Lula ou Bolsonaro, apesar de muito diferentes, nós teremos um cenário de inflação”, afirma o pesquisador da Fipe e sócio da Kognita.

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