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Como cuidar da preservação e segurança em loteamentos abertos

A implantação do SIS tem por objetivo atuar nas diversas frentes da Segurança Comunitária, prevendo a concretização de riscos e um plano de contingência

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Construir o projeto dos sonhos de um cliente é o que move a maioria dos profissionais da nossa área. E colocar em prática a casa idealizada pelo contratante demanda muita atenção e cuidado, desde a fase inicial. Por isso, neste artigo vamos abordar a gestão da preservação e segurança em loteamentos abertos, e faremos ainda uma análise sobre a metodologia aplicada, normas públicas inseridas em loteamentos abertos, processos e procedimentos para que seu projeto tenha êxito e você e seu cliente tenham satisfação ao vê-lo concluído.

Primeiramente é necessário definir a diferença entre loteamentos fechados e abertos. Os fechados são aqueles dentro de condomínios horizontais. Já os loteamentos abertos são bairros, com ruas e condomínios independentes, mas geralmente ficam administrativamente ligados por uma Associação, sendo este último o foco do que vamos tratar a seguir.

Processo de avaliação

Não existe uma matemática exata para loteamentos abertos. Tudo vai depender do empreendimento, município e estado em que estiver inserido, pois cada região tem suas políticas de Plano Diretor de Urbanidade, onde são definidas as Políticas, contrapartidas, aprovações, condições e critérios de implantação e construção propriamente dita do empreendimento.

É preciso estabelecer e manter ações preventivas baseadas nos princípios de Segurança Comunitária e em concordância com a legislação para proporcionar segurança à vida, integridade física, bens e informações dos moradores, visitantes, transeuntes, funcionários e prestadores de serviço, nos limites do bairro.

A implantação do SIS – Sistema Integrado de Segurança tem por objetivo atuar nas diversas frentes da Segurança Comunitária, prevendo a concretização de riscos, e também apresentando um Plano de Contingência para reduzir e mitigá-los.

O SIS deverá ser precedido por um Plano Diretor de Segurança, o qual terá como norteador a definição dos meios adequados de recursos humanos, técnicos e organizacionais de forma integrada e harmônica, a fim de detectar, dissuadir, impedir, retardar e responder com eficácia o plano de proteção.

É parte fundamental do SIS, a concepção de processos de gestão de pessoas, ativos, conhecimento, comunicação e operação, seguindo as normas e procedimentos operacionais, administrativos e de contingências, com treinamento constante, tecnologia de qualidade e normas que fazem cumprir o código de ética estabelecido

Vale destacar como referência um conceito de preservação e segurança denominado Teoria das Janelas Quebradas.

Trata-se da ideia de que, se uma janela de um edifício for quebrada e não for reparada brevemente, a tendência é que passem a arremessar pedras nas outras janelas e posteriormente passem a ocupar o edifício e destruí-lo.

Como outro exemplo podemos considerar uma calçada ou passeio no qual algum lixo está acumulado. Ao longo do tempo, mais lixo é acumulado. No final das contas as pessoas começam a deixar lá seus sacos de lixo e restos de entulho.

Uma estratégia de êxito para prevenir o vandalismo é resolver os problemas quando eles são pequenos. Reparar as janelas quebradas em pouco tempo é como que se os vândalos tivessem menor probabilidade de estragar mais. Limpar os passeios fará com que lixo não acumule e por aí segue.

A teoria faz duas afirmações principais: que o crime de pequena escala ou comportamento antissocial é diminuído, e que o crime de grande escala é, como resultado, prevenido.

Gestão de preservação e segurança

Agora que já vimos quais as orientações para garantir uma aquisição de terreno tranquila, na visão legal, vamos falar sobre as orientações de segurança e a gestão de preservação do loteamento em bairros. De acordo com o nosso Consultor Associado de segurança, Diogo Henrique, a gestão de preservação e segurança segue uma linha específica para bairros abertos.

“Além da operação da segurança em si, mantemos um estreito laço com as forças públicas, como a Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Civil Municipal (GCM) e Corpo de Bombeiros. E ainda Órgãos Públicos (Subprefeitura, CET, SABESP, ENEL), prestadores de serviços de manutenção e zeladorias diversas. Esse processo chama-se Vigilância Comunitária, que engloba até mesmo os moradores em geral, devido às tratativas burocráticas”, explica Henrique.

Segundo o especialista, para os loteamentos abertos é possível incluir uma gama de tecnologias disponíveis para maior controle e implantação de um projeto de segurança.  Por exemplo incluindo câmeras com tecnologia de leitura de placas (LPR – Licence Plate Recognition, que trabalha o reconhecimento automático de veículos) nos acessos, para verificar entrada e saída do bairro, além de câmeras internas com a mesma tecnologia para monitorar os veículos que circulam internamente.

O mesmo procedimento é válido para o monitoramento de pessoas circulando pelo bairro, com iluminação direcionada (holofote) para evitar pontos escuros e vulneráveis. É possível ainda disponibilizar interfones espalhados pelo bairro, para uma comunicação rápida. Tudo isso, monitorado por uma Central de Controle Operacional, que recebe todas as informações, anormalidades e ocorrências, para realizar o tratamento adequado e tomada do plano de ação.

Para Consultor Associado é possível ainda facilitar e otimizar recursos do lote para a finalização da obra. “O projeto pode ser conduzido em paralelo pela Construtora do loteamento aberto, inserindo a infraestrutura para os Recursos Eletrônicos. Tudo isso será entregue para a Associação quando pronto”, completa.

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