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Cury aguarda mudança em curva de subsídio e no teto do Minha Casa, Minha Vida e volta de ‘faixa 4’

Incorporadora do segmento econômico lançou R$ 1,4 bilhão em VGV no primeiro trimestre e planeja fazer a maior parte dos seus lançamentos até junho

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Ana Luiza Tieghi, Valor Econômico – Para Ronaldo Cury, diretor de relações com investidores da incorporadora que leva seu sobrenome, o governo não deverá esperar a conclusão do julgamento sobre a mudança na remuneração do FGTS (paralisado no final de abril) para anunciar um pacote de mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida e na aplicação dos recursos do fundo.

“Tem pressão muito grande para nomear o conselho curador ainda nesta semana ou na próxima”, disse Cury, em teleconferência com analistas para comentar os resultados da companhia no primeiro trimestre, nesta quarta-feira (10).

Após a nomeação, o grupo de apoio de conselho curador do FGTS deve avaliar as mudanças, que, para Cury, serão as seguintes: aumento do spread da Caixa, para que seja possível elevar de 30 para 35 anos o prazo de financiamento imobiliário em todas as operações; aumento do teto do MCMV; elevação de curva de subsídio do programa e a volta de uma linha especial de financiamento, chamada de “faixa 4”, por atingir imóveis que custem até 150% o valor máximo do MCMV — em São Paulo, de R$ 264 mil.

A incorporadora, que lançou R$ 1,4 bilhão em valor geral de venda (VGV) no primeiro trimestre e atua no segmento econômico, planeja fazer a maior parte dos seus lançamentos até junho. As mudanças, se ocorrerem, podem ajudar a vender os empreendimentos no segundo semestre.

Segundo o presidente da companhia, Fabio Cury, a empresa tem planos para diferentes resultados do julgamento sobre a remuneração do FGTS e considera que, em qualquer um deles, não seria muito afetada. A Cury lança atualmente 40% dos seus produtos fora do MCMV, já dentro do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), e pretende manter esse patamar em 2023.

Outra expectativa é sobre o detalhamento dos custos e do teto das unidades da faixa 1 do MCMV. Para Ronaldo Cury, depende disso a decisão de atuar ou não no segmento. De qualquer forma, essa faixa não deve ultrapassar 10% da receita da incorporadora. “Vamos estudar o assunto, mas não devemos ter 50% da receita vindo dela, como ocorreu em 2014 e 2015”, disse.

A incorporadora atua em São Paulo e no Rio de Janeiro, e aguarda com otimismo a conclusão do novo plano diretor da capital fluminense. “Vai ter uma revolução para os empreendimentos de habitação de interesse social (HIS)”, afirmou o presidente, com benefícios para as regiões de eixo de transporte. Já a revisão da política em São Paulo não deve ter impactos sobre a habitação de baixa renda, em sua avaliação.

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