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O que é essa tal de construção modular, afinal?

Saiba como a construção modular pode propor e entregar obras mais rápidas, com menores equipes e menores riscos

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A Construção modular pode propor e entregar obras mais rápidas, com menores equipes e menores riscos. No que tange a materiais emprega, as soluções são muitas: o Light-Steel-frame, o Wood-frame, o CLT (Cross Laminated Timber), os fechamentos em gesso acartonado (Dry-Wall) ou outras chapas.

A construção modular vem ganhando mais luzes nos últimos anos no Brasil. Comparando-se com diversos segmentos na economia, a Construção é muito pouco digitalizada e inovadora. Isso dito por vários Papers, inclusive alguns da renomada McKinsey. Em alguns países, como a China, se diz que por exigências legais em 2025, parte importante das novas obras deverão ser feitas com soluções modulares.

Os sinais disso são evidentes e muito conhecidos. No tripé de custo-prazo-qualidade, há problemas nos três. As únicas certezas ao se contratar uma construção de uma casa, são o estouro de prazo e de custo. E muito provavelmente, com problemas de qualidade.

O grande apelo da construção modular, é se propor a resolver esses problemas ou chamadas dores. A materialização das soluções de construção modular está baseada em alguns elementos que envolvem a Lean Construction, a Pré-Construção o que gera a produção off-site, ou seja, em ambiente controlado sob processos padronizados, minimizando as atividades on-site, ou seja, no canteiro.

As soluções em construção modular têm aplicações muito variadas podendo gerar residências, hospitais, lojas, hotéis, edifícios comerciais e etc.  O uso da Plataforma BIM nos projetos confere maior qualidade nas definições dos materiais e processos executivos, de interfaces, rastreabilidade dos fornecedores e estabelecimento de garantias.

Ao se pensar e construir de forma mais industrializada e racionalizada, se torna possível a previsibilidade de custos e prazos, algo muito raro de se obter nos sistemas de construção tradicional. A McKinsey em seu relatório, afirma que é possível:

  • A compactação dos prazos em até 50%;
  • A redução do custo em até 20%.

Para isso de viabilizar, se faz necessário um esforço importante de projetos gerando ativos de pré-construção competente com soluções de Supply-chain robustas e bem resolvidas. Na escala das fábricas, os conceitos de montagem e tarefas abastecidas just-in-time se fazem fundamentais. Não há espaço para estoques desnecessários e perdas.

Como benchamarking internacional, a referência atual é a da Katerra, Construtech que virou unicórnio em 2018. A Katerra customizou suas soluções de acordo com o país que opera, aliando disponibilidade, cultura e arquitetura em suas entregas. No Brasil, no mundo dos componentes e ferramentas de gestão, destaca-se a empresa Âmbar de Bruno Balbinot, que aliou tecnologia em materiais e processos através de uma suíte de soluções, que contempla inclusive inteligência artificial e machine-learning nos projetos.

Sob o ponto de vista da construção, vale destacar a proposta de valor da Aratau Modular. Segundo o que o seu CEO e founder, Eng. Paulo Sérgio de Oliveira, executivo com forte experiência na indústria da construção, adquirido na TEGRA, MÉTODO, JHSF além de indústrias como SIKA e DENVER, comenta que “O Brasil não pode ficar de fora disso. Nossa construção é cara, ineficiente e defasada”.

A Construção modular pode propor e entregar obras mais rápidas, com menores equipes e menores riscos. No que tange a materiais emprega, as soluções são muitas:   o Light-Steel-frame, o Wood-frame,  o CLT (Cross Laminated Timber),  os fechamentos em gesso acartonado (Dry-Wall) ou outras chapas. As estruturas são usualmente feitas de aço e em pré-fabricados de concreto, somente montados em canteiro.

Projetistas de arquitetura criativos conseguem resolver as pretensas limitações estéticas que se poderia pensar que as obras modulares teriam.  Nas fachadas, o que vem ganhando forte impulso é o uso de soluções panelizadas (em conjuntos de painéis prontos), montadas em obra.  Juliano Farias, CEO da Jota Wall Construção à seco, lembra: “as maiores incorporadoras de São Paulo já nos consultam para desenvolver seus projetos em seu nascedouro de forma integrada e racional, em busca de nossas fachadas prontas. Em todas as vezes, se consegue reduzir o custo em balancins e fachadeiros além de 3 a 8 meses de cronograma de obra. Isso sem contar a redução tremenda dos tamanhos das equipes nas obras. ”  Ele ainda destaca: “os sistemas de fachadas prontas são muito flexíveis, produtivos e ainda não geram serviços de manutenção pós-obra. ”  O parceiro preferencial da Jota Wall nestes sistemas é a empresa multinacional St-Gobain que tem uma área e diretoria específica para esses estudos, projetos e aplicação de soluções além da CMC-Lafaete, como célula industrial de produção.

No que tange ao aspecto do custo, as comparações devem levar em conta não só o custo direto, mas também os custos de capital, os prazos de entrega e os custos de pós-obra. Como exemplo ilustrativo, numa casa, eles poderiam representar de 5 a 10% do custo total da obra a favor das soluções modulares.

Paulo Sérgio ainda destaca que “as soluções da construção modular vieram para ficar, mas não podem deixar de ter o cliente no centro do projeto. Ninguém sonha que em morar em casas sem identidade e afinidade. Fazer a casa do seu jeito, começando por uma jornada de arquitetura imersiva em um ambiente 3D é o que fazemos de melhor na ARATAU.”

A URBIC, a incorporadora e Construtora de Luis Henrique Ceotto, recém- egresso do MIT em Boston, tem diversos projetos que já preconizam o uso de módulos prontos de quartos, salas e banheiros, levando ao grau máximo de industrialização e racionalização as suas obras. Pesquisador e defensor aguerrido da necessidade de produtividade em obra, Ceotto acredita que as construções modulares são o caminho para mitigar esses degraus.

Para quem imaginava que as soluções da construção modular significavam apenas construções em contêineres ou para hospitais de campanha, os preconceitos foram embora rapidamente. É bom lembrar inclusive, que a maioria dos hospitais construídos é permanente e não de campanha.

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