Nas últimas décadas, adaptações da arquitetura de empreendimentos verticais e horizontais para atender às necessidades atuais e futuras da segurança nos condomínios residenciais, comerciais, empresariais, mistos, de uso contínuo, veraneio, dentre outros, foram realizadas em construções das mais diversas “idades”. Das edificações centenárias às recém entregues aos proprietários identificamos as mais frequentes e comuns, em todo o país, quais sejam:
- Portaria: localização, blindagem, restrições de acesso, ergonomia, acessibilidade, dentre outras condições básicas. Ainda neste segundo semestre de 2021 um edifício, localizado em bairro nobre de São Paulo, foi entregue com falhas de posicionamento da portaria, vulnerabilizando todo o controle de acesso.
- Sala Técnica: existência, localização, dimensionamento, acesso de infraestrutura, restrições de acesso. Necessariamente, este local deve ser independente, de destinação específica, climatizado e de acesso restrito controlado.
- Shafts: previsão para expansão. Notadamente nos condomínios comerciais e empresarias ocorre o subdimensionamento desta infraestrutura, resultando até em condições críticas que propiciam incêndio, interrupção de sistemas de tráfego de dados, presença de pragas, etc.
- Infraestrutura embutida de tubulação: elétrica e lógica. Eletricidade independente de passagem de dados, circuitos exclusivos e independentes para sistemas de segurança. Exigências técnicas primárias que devem ser contempladas nos respectivos subprojetos.
- Instalação de gerador de energia elétrica: Condição primordial, mais que justificada pelas contínuas crises do sistema elétrico no país e por ser a segurança condominial fator crítico de sucesso de qualquer empreendimento.
- Layout no acesso de pedestres e veículos: Que permita realização dos controles, por meio de clausuras, portas giratórias, torniquetes, separação de moradores x visitantes, entrada x saída de veículos, manobra de veículos sem autorização de acesso. Improvisos nestas áreas impactam e produzem consequências, desde econômicas como de vida aos usuários.
- Controle de acesso de pedestres: A partir da garagem para as torres, por elevador e/ou escadas de emergência. Ponto Crítico totalmente desprezado nos projetos; muitas vezes sem condições de aplicar soluções, resultando em elevada vulnerabilidade o controle de acesso.
- Vias internas com restritores de velocidade de veículos: Como lombadas, valetas, rotatórias, outros. Muito comum nos empreendimentos horizontais a falta de previsão nos projetos urbanísticos e de paisagismo.
- Perímetros com descontinuidade de barreiras físicas: por APP – Áreas de Preservação Permanente – Lagos, represas, praias, dentre outras similares. Outra importantíssima condição a ser contemplada nos projetos de urbanismo e paisagismo do empreendimento.
- Ausência de infraestrutura para instalação e ampliação de Circuito Fechado de TV – CFTV: Obriga a quebra de materiais nobres de acabamento de paredes e pisos. Há de ser contemplado o que se entrega e o que se disponibiliza para o futuro, desde o projeto da infraestrutura técnica do empreendimento.
- Previsão para instalação de sistemas eletrônicos de segurança individualizados nas unidades condominiais: Tendência que será irreversível, decorrente da evolução dos processos de automatização e prédios inteligentes.
- Reforço nos batentes: se possível também na resistência das portas de acesso às unidades, tanto social quanto de serviços. Condição básica para empreendimentos projetados para alta rotatividade de moradores, de usuários e demais condições similares.
A força do aprendizado também pode ser alimento para o gene da preguiça, pois reduz retrabalhos, produz menos esforços para mitigar conflitos e, principalmente, justificar gastos desnecessários. De positivo passará a ser referência das Melhores Práticas.
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