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Leblon: Gafisa venderá apartamentos na Delfim Moreira a R$ 110.000 por metro quadrado

Um apartamento de 350m2 vai ser vendido por nada menos que R$ 38.500.000,00. O equivalente a dois apartamentos da mesma metragem em edifícios mais antigos com o mesmo posicionamento e vista. O valor seria suficiente para comprar 350 apartamentos em Campo Grande ou Inhaúma, por exemplo, ou 87 apartamentos de dois quartos no Recreio

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A vista para o mar do Leblon é uma das características mais exclusivas e procuradas no mercado imobiliário carioca. Segundo especialistas, com o valor de um destes apartamentos, porém, é possível comprar dois com praticamente a mesma metragem, em prédios mais antigos, com a mesma vista, e no mesmo bairro. Mas ao mesmo tempo todos são unânimes em dizer que os apartamentos devem ser vendidos sem grandes problemas.

Quintino Gomes Freire, Diário do Rio.com. Quando o Diário noticiou que a última casa da orla do Leblon havia sido demolida, já se esperava que daria lugar a um empreendimento imobiliário de altíssimo padrão. O imóvel – uma casa geminada que de luxo não tinha nada, conforme as fotos que constaram da matéria da época – teria sido vendido por mais de 50 milhões de reais para a tradicional construtora Gafisa, nascida carioca e radicada em terras paulistas. Mas o preço a ser pedido por cada um dos apartamentos a serem construídos no local prova que o Leblon está no mapa dos lugares mais caros do mundo para se ter um imóvel.

O novo edifício da Gafisa será erguido no terreno onde foi demolida a úlltima casa da rua Delfim Moreira.

O controle acionário da Gafisa foi adquirido por ninguém menos que Nelson Tanure, dono da Docas S/A, investidor baiano de DNA carioca. Desde então, a empresa, que andava em baixa, recebeu grandes aportes financeiros e passou por uma reestruturação, que, parece, voltou a incluir a Cidade Maravilhosa em seus planos. A retumbante volta da Gafisa ao mercado do Rio se deu com a compra do último terreno da Orla do Leblon, além da compra de dois shopping centers, entre eles o Fashion Mall.

É sabido que o mercado imobiliário da Zona Sul está de vento em popa, com mega negócios surgindo. Segundo o jornalista Lauro Jardim, do Jornal O Globo, serão construídos no terreno da Avenida Delfim Moreira apenas seis exclusivos e espaçosos apartamentos de 350 metros quadrados cada um. Mas o que surpreende é o valor que a construtora vai pedir, segundo Jardim, por cada um deles: cada um deve custar, em média, trinta e oito milhões e quinhentos mil reais. Isto significa que por cada metro quadrado construído, os seus moradores pagarão cento e dez mil reais.

Fomos ao Zap Imóveis pra descobrir o que mais poderíamos fazer com o valor equivalente a um destes apartamentos que a Gafisa vai construir. Descobrimos que cada um dos seis imóveis, assim, equivale ao valor de trezentos e cinquenta apartamentos de 75m2 em Inhaúma ou Campo Grande, por exemplo. Ou mesmo oitenta e oito apartamentos de dois quartos no cada vez mais procurado bairro do Recreio dos Bandeirantes.

A vista para o mar do Leblon é uma das características mais exclusivas e procuradas no mercado imobiliário carioca. Segundo especialistas, com o valor de um destes apartamentos, porém, é possível comprar dois com praticamente a mesma metragem, em prédios mais antigos, com a mesma vista, e no mesmo bairro. Mas ao mesmo tempo todos são unânimes em dizer que os apartamentos devem ser vendidos sem grandes problemas.

A metragem oferecida é um bom diferencial, assim como a exclusividade do empreendimento, com poucos andares, e o fato de ser um imóvel novo, tinindo. “Sempre vai existir uma coisa chamada fator troféu; e é este fator que pode fazer com que o empreendedor consiga essas unidades”, diz Anderson Martins, diretor da filial do Leblon da tradicional corretora Sergio Castro. E, finaliza: “um imóvel novo, no Rio de Janeiro, acaba tendo um atrativo extra. E, embora tenhamos apartamentos do mesmo tamanho e com a mesma vista por valores muito menores, haverá sempre quem prefira a exclusividade de um lançamento com design mais moderno numa área tão nobre“.

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