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Isolamento, privação e escassez: fazem bem ou mal?

Conheça seis truques para se movimentar em momentos de crises, isolamento, privação escassez e ganhar mesmo quando você perde

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"Como o cenário não sonhado é outro, não que seja necessariamente melhor ou pior, é desconhecido e ato falho e tendencioso nosso é achar que tudo irá ruir, fugiu do controle".

Em algum momento da sua preciosa vida, por um período longo ou curto, bom ou ruim, penso que você experimentou isolamento, privação ou escassez, ou ainda talvez, experienciou todos esses juntos e misturados.

Você se lembra de alguma fase assim sua ou de alguém perto de você? Talvez o casamento, a maternidade, a transição de trabalho, a dieta, outra casa, outra cidade, que podem acontecer por escolha consciente nossa ou não. Entretanto, qualquer uma dessas e todas exigem de nós maiores ou novos esforços, quebram nossa rotina e zona de conforto, nos remetem a perdas e incertezas. E então em algum momento nos fazem mal. Ou será que nos fazem bem?

Quando vivemos o isolamento, a privação ou ainda a escassez por consequência de uma decisão deliberada aguentamos melhor o convívio com a perda e a incerteza pelo propósito maior relacionado, porém quando o isolamento, a privação e a escassez chegam sem nossa ordem, “aí que são elas”! O sofrimento pode se instalar, protagonizar e tomar conta da vida. Tudo então parece que só nos fará mal. Travamos no ruim, na dor, no sofrimento.

Não sei para você, talvez seja bacana até pensar honestamente sobre isso, mas para muitos, a dor chega pelo medo, pela contrariedade, pela impotência e pela sensação da falta de controle.

Medo, contrariedade, sensação de impotência e de falta de controle não são mesmo coisas gostosas de sentir. Elas acionam memórias horrorosas, ganham tamanho e travam toda nossa potência de vida bem vivida. Geram cortisol e acionam doenças.

Como o cenário não sonhado é outro, não que seja necessariamente melhor ou pior, é desconhecido e ato falho e tendencioso nosso é achar que tudo irá ruir, fugiu do controle. E então resistimos, carregamo-nos de energia total para lutar bravamente contra aquilo que veio sem nossa permissão! É ou, não é?! A roda trava! Puxamos o freio de mão! Interrompemos o fluir, ou achamos que interrompemos.

Esta é a questão! Tudo que me vem e eu resisto, repilo, revolto, julgo com raiva, colará em mim até que eu me movimente, até que o fluir, o movimento da vida pessoal ou empresarial, seja novamente acionado rumo a um lugar mais adequado, mais combinado com o contexto.

Como faço para me movimentar em momentos de crises, isolamentos, privações, escassezes? Como posso encontrar o bem no mal?

Não há receita padrão, cada um tem a sua melhor forma de viver uma vida leve e proveitosa, mas talvez haja pequeninos truques que podem lhe servir como inspiração:

Aceite

Ouvimos muitos “nãos” e talvez os mais doloridos são aqueles quando estamos na nossa versão infantil. Na versão imatura pedimos e queremos ser atendidos ipsis litteris como pedimos, não aceitamos diferente do que pedimos. Então, amadurecemos e percebemos que muitas vezes o que não pedimos é melhor do aquilo que pedimos. Amadurecemos e constatamos que absolutamente temos condições de avaliar o que é melhor para os sistemas que estamos inseridos. Aceitar envolve confiança, entrega. Aceitar está condicionado ao saber que nada sabemos e que estamos em uma teia de muitas variáveis desconhecidas. Nem mesmo podemos saber conscientemente o que mora dentro de nós. Aceitar envolve olhar para o outro, para os grupos, comunidades, para o mundo quiçá, e ver com a humildade de entender que estamos todos conectados e que nosso desejo não é soberano sobre ninguém. Aceitar envolve fé que há uma inteligência Maior cuidando de tudo para o bem de todos. Há coisas que gloriosamente estão fora da nossa alçada. Aceite, não resista.

Desacelere

No piloto automático, vivendo tudo com aquilo que já está instalado em nossas memórias, podemos perder a capacidade criativa que nos dá flexibilidade para inovar, ser mais, ser melhor. Sugiro de vez em quando parar, respirar profundamente e checar em você coisas que nunca dantes tinha percebido. Inspirações profundas acessam gavetinhas preciosas em você, gavetinhas repletas de conteúdo útil para você e para o mundo. Algumas pessoas, nos atendimentos de consultoria de vida ou de empresa, me perguntaram se mudar de ideia faz perder a identidade, a essência. Digo sempre que mudar de ideia pode melhorar a identidade. Lembro da minha vó dizendo: Muda o disco! É isso, parar, isolar-se, desacelerar, pensar um pensamento novo e exclusivamente seu para mudar e melhorar, para si mesmo, para o outro, para o mundo.

Aja diferente

Movimente-se. Enfrente. Recolher pode lhe encolher. Se o mundo ao seu redor tem demandas, com certeza algo você pode fazer. Permita-se novas experiências. Permita-se perder algo. Abra espaço, vá um pouquinho para trás, um pouquinho para o lado, um pouquinho para frente… avalie novas posições, novas formas de relacionar-se com as coisas, com os projetos, com as pessoas, com a vida. Tudo aquilo que empurramos com a barriga, mais cedo ou mais tarde, traz tempestade, traz crise, traz dor. Se cada dia mais experimentarmos arregaçar as mangas para aquilo que está nos chamando fazer, mesmo que seja desafiador ou chato, minimizaremos o temporal que dia mais, dia menos, chegará. Escute os sinais. Em uma reunião recente e maravilhosa de Pathwork com queridos meus, concordamos que as crises não surgem do nada, são talvez acúmulos de coisas não tratadas, a crise vem porque há necessidade que ela aconteça. A crise é importante. A crise é o privilégio e a sinuca de bico para que algo seja tratado, para o bem maior. A crise não tem saída, ela te põe a agir diferente.

Divirta-se

Em tudo que há riso, há leveza, há vontade, há união, há conexão. Explore o que há de divertido em tudo que faz. Invente e reinvente por cor, amor e alegria para tudo que lhe é disponibilizado. A alegria que vem da diversão distrai a mente da dor. Amplia os hormônios da felicidade, potencializa imunidade e saúdes física e emocional. Na diversão fica impossível atacar, ferir, machucar e responsabilizar pelos males o outro. E quando não estamos vitimizados, culpando o outro de tudo que de ruim nos acontece, não procrastinamos e nem sentimos culpa. Ganhamos maior capacidade de viver o presente, sem lamentar o passado ou preocupar-se deveras com o futuro. Diversão é uma capacidade humana que eleva o espirito, adoça a alma. Já pensou nisto? Meus amigos do Ri Comigo e os Doutores da Alegria são provas fidedignas disto que falo.

Confie em si

Você mesmo lembrou no começo deste artigo de outras situações onde experimentou o isolamento, a privação ou a escassez. Tenho certeza que ao lembrar, imediatamente conectou com coisas boas apesar dos pesares. Você deu conta do recado, ampliou-se, esticou-se, ficou ainda melhor que antes. Talvez hoje você nem queira voltar o tempo atrás, mesmo que para ganhar o corpinho de antes, pois hoje, suas forças emocional e racional estão bem mais apuradas, graças a tudo que viveu, do jeitinho que foi, perfeito como foi. Acertei? Pois bem, como sugestão, de hoje em diante, exorcize todo e qualquer pensamento equivocado que te leva a menos valia, a impossibilidade, ao não merecimento. Tudo que é de bem está disponível a todos, sem exceção.

Dê sentido

Há algo pedindo para aflorar em você o tempo todo. É a plenitude. Ela vem de mãos dadas à realização. Sabe aquele prazer indescritível que sentimos quando cumprimos nosso dever? Aquela deliciosa sensação que temos quando praticamos o bem? Pois bem, dar sentido a vida tem haver com a felicidade. Jamais abra mão da felicidade. Ela é o termômetro para lhe dizer se sua vida tem tido algum sentido. Diga não a tudo que lhe tira do caminho. Não aceite chantagens, a vida é uma dádiva que você já recebeu. Cuide-se bem, dê sentido. Lembre-se que você não é o responsável pelo sentido da vida do outro. Cada um tem seu papel no mundo e não cair na tentação de fazer o que é do outro é um truque e tanto. O outro está completamento munido para fazer sua parte. Fazer pelo outro é tirar do outro o sentido da sua vida. A vida de todos tem sentido quando acionado. É talvez um botãozinho do belo da vida. Quando há algo de espetacular por de trás daquilo que cada um se compromete realizar, pelos seus dons e talentos, seus músculos crescem, sua força se agiganta, seu prazer de viver lhe traz vitalidade e muita, muita saúde!

Não se distraia, esteja alerta a você mesmo e a sua felicidade! O mundo pede.

Em tudo há bem e mal, ganhos e perdas, inclua tudo e viva bem ou prefere abrir mão?

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